Industrial mineiro está menos pessimista

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                                   Depreciação do real e elevação da atividade em fevereiro melhoram as expectativas, aponta o Icei.

O pessimismo dos industriais mineiros está começando a diminuir. Segundo o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), as expectativas para os próximos seis meses estão em 42,1 pontos no Estado. Esse o resultado é o mais próximo da linha de 50 pontos, que determina otimismo, desde janeiro de 2015. As justificativas são a depreciação do real frente ao dólar e melhora da atividade no setor em fevereiro, conforme revelou a Sondagem Industrial de fevereiro. As duas pesquisas foram divulgadas ontem pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

O Icei geral de Minas Gerais ficou em 37,5 pontos em março, resultado um pouco melhor que os 34,1 pontos apresentados em fevereiro. No mesmo mês de 2015, o pessimismo estava ainda maior, com 33,4 pontos. O resultado mineiro está em linha com o nacional que, em março, ficou em 37,4 pontos.

O que puxou o indicador para cima foram as expectativas, que estão mais otimistas e passaram de 38 pontos em fevereiro para 42,1 pontos em março. A visão para os próximos seis meses é a melhor no que se refere às empresas, que foi avaliada em 47,8 pontos. Já as expectativas para a economia brasileira e para a economia mineira fecharam no mesmo período em 30,4 e 30,8 pontos, respectivamente.

Já segundo o mesmo indicador, as condições atuais do negócio estão apresentando pequenas melhoras, ao passar de 26,4 pontos para 28,4. A visão quanto à economia brasileira, economia do Estado e o próprio negócio apresentaram 19,4 pontos, 20,1 e 32,6, sucessivamente.

Segundo a economista da Fiemg, Annelise Fonseca, a depreciação do dólar tem tornado o ambiente de negócios mais favorável para os setores exportadores, o que de certa forma traz uma esperança de melhores resultados. Outro fator que colaborou para uma melhora na situação das empresas são os negócios alternativos à crise. Isso porque, em momentos ruins para a economia, os empresários tendem a buscar nichos de atuação. Algumas empresas já devem ter colocado em prática novos planos e conseguido amenizar os impactos da conjuntura econômica sobre seus negócios.

Essas seriam as explicações não somente para as expectativas positivas como também para uma pequena melhora no indicador da Sondagem Industrial de fevereiro. O indicador de produção saiu de 37,5 pontos em janeiro para 43,2 pontos em fevereiro. Da mesma forma, o nível de emprego teve uma elevação de 39,9 pontos para 44,5 pontos no mesmo período.

Ociosidade - Mesmo com um pequeno sinal de suspiro do setor industrial, a ociosidade permanece em alta em função do enfraquecimento da demanda, com 32,6 pontos no mês.

O nível de estoques de produtos ficou estável em fevereiro, com 50,6 pontos. No caso desse indicador, quanto menor melhor, uma vez que a falta de produtos que motiva a produção. “As empresas vão ter que ajustar esses estoques ainda, principalmente as de grande porte que são as mais estocadas. O que notamos pelo indicador é que as quedas já ocorridas na produção ainda não foram suficientes para fazerem esse ajuste”, afirma a economista da Fiemg.

 



Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG


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