Setor de brinquedos planeja investir R$ 100 mi em novas fábricas

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Aumentar a produção de brinquedos com a inscrição Made In Brazil. Esse é o objetivo da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), que deve se reunir na semana que vem com técnicos do Ministério do Desenvolvimento da Indústria e Comércio (MDIC) para detalhar melhor um plano de desenvolvimento da produção para o setor, que prevê o investimento de R$ 100 milhões nos próximos cinco anos no Brasil.

 

Esse investimento, que será dividido em 50% por meio de recursos próprios e outra parte financiada, provavelmente pelo BNDES, será destinado à construção de novas fábricas no País para, dessa forma, inserir 35 milhões de crianças no mercado consumidor de brinquedos, 20 milhões desses indivíduos estão no Brasil e o restante na América Latina, segundo a Abrinq.

 

A meta da associação é reduzir a presença do produto fabricado na China em território nacional e avançar sobre os mercados que vão do México ao cone sul e aproveitando-se do fato que o preço chinês tem aumentado por questões trabalhistas, aumento do dólar e de custos com certificações.

 

"Com o aumento da escala o preço do brinquedo nacional será reduzido e com isso aumentaremos a participação do produto nacional no mercado" afirmou Costa. "Nossa meta é de ter em cinco anos, 70% dos brinquedos fabricado no Brasil", concluiu o dirigente.

 

Segundo Carlos Tilkian, presidente da Brinquedos Estrela, o ideal é que 100% da produção fosse feita internamente. Porém, o executivo reconhece que o produto chinês ainda é mais barato. O Brasil precisaria de custo de transporte mais baixo, assim como o custo industrial para poder ganhar mais mercado. "Podemos ganhar mercado que hoje é da China, mas precisamos de menos impostos e de mais possibilidade de capital de giro", concluiu.

 

A Gulliver é outra empresa que vê na produção nacional uma saída para crescer. Em 2009 a empresa reduziu a presença de importados em seu mix de produtos, que chegou a 70% no ano passado. Segundo o diretor comercial da empresa, Paulo Benzatti, a conjuntura econômica foi determinante para a decisão. "O preço dos brinquedos na China está em ascensão há três anos, além disso, a desvalorização do real fez com que o produto importado ficasse mais caro", disse o diretor. "O plano de incentivo à indústria pode trazer resultados para o setor, desde que ajude no preço final, pois que tem o menor valor ao consumidor acaba levando o mercado", alertou.A expectativa do setor em 2009 é de crescer 8% em média.

 

Veículo: DCI


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