O setor de brinquedos no Brasil fechou o ano de 2008 com 441 empresas, segundo dados da Abrinq. Dessas, 70% são de pequeno porte, ou seja, possuem menos de 50 empregados.
Essas empresas são as mais afetadas pela entrada de produtos importados, principalmente da China, que é o maior fabricante mundial de brinquedos. Naquele país são fabricados 68% de toda a produção destinada ao setor no mundo.
Uma das formas que mais afetam a indústria nacional é a importação de produtos diretamente pelos revendedores. De acordo com Roberto Xavier, da Toys Pelúcia, grandes atacadistas foram ao mercado externo para comprar produtos chineses e que a maior parte das vendas das empresas nacionais têm como destino o pequeno comércio. Dados da Abrinq indicam que apenas 15 grandes clientes movimentam 70% de todo o faturamento do setor, que foi de R$ 2,5 bi em 2008.
Uma das saídas é o licenciamento, que hoje abrange cerca de 85% dos 4,5 mil tipos de brinquedos disponíveis no mercado. O presidente da Abrinq, Synésio Batista da Costa, afirma que não é favorável a este cenário, mas que é inerente ao ambiente que o consumidor, a criança, vive no seu dia a dia.
"Na Estrela, o licenciamento é de 25% do faturamento", disse o presidente da companhia, Calos Tilkian. Segundo Xavier, da Toys Pelúcia, buscar o licenciamento tem sido a solução que muitas empresas têm para evitar a concorrência de produtos importados com a garantia de exclusividade para um produto.
Veículo: DCI