Glaxo adquire Stiefel por US$ 2,9 bi

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A GlaxoSmithKline irá comprar o Stiefel Laboratories, empresa farmacêutica de capital fechado dos Estados Unidos, por US$ 2,9 bilhões à vista, acrescentando medicamentos para problemas de pele como acne e psoríase ao seu portfólio. A Glaxo poderá pagar outros US$ 300 milhões dependendo do desempenho da Stiefel, e assumirá uma dívida de US$ 400 milhões, informou a empresa com sede em Londres na segunda-feira.

 

A compra da Stiefel sedimenta a estratégia do principal executivo da Glaxo, Andrew Witty, de procurar aquisições a fim de diminuir a dependência da companhia em um ou dois remédios campeões de venda. A empresa irá combinar seu setor dermatológico, criando uma unidade com vendas anuais de US$ 1,5 bilhão e 8% do mercado mundial de receitas para tratamento de pele, acrescentou a Glaxo.
"Isso coloca a empresa em primeiro lugar no setor de dermatologia", disse Michael Leacock, analista do Royal Bank of Scotland. "Trata-se de um acordo modesto, apenas 3% das vendas da Glaxo, mas muito alinhado com um objetivo estratégico claro. É uma medida forte na direção certa."

 

A Stiefel recebeu ofertas de compra da Johnson & Johnson, Novartis e Glaxo, informou uma fonte ligada às propostas no mês passado. Stiefel pretendia obter US$ 4 bilhões, acrescentou a mesma fonte. As empresas do setor farmacêutico diversificam e entram no segmento de saúde cosmética para diminuir a dependência nos medicamentos tradicionais para doenças crônicas.
"A adição do amplo portfólio da Stiefel irá fornecer novos fluxos imediatos de receita para a Glaxo com significativas oportunidades para ampliar o crescimento por meio da alavancagem de nossa existente infraestrutura comercial global e capacidade de manufatura", disse Witty no comunicado.

 

A Glaxo, que prevê a conclusão do negócio para o terceiro trimestre, previu reduções anuais com despesas antes de impostos de US$ 240 milhões até 2012 e informou que gastará cerca de US$ 325 milhões nos próximos três anos para integrar a Stiefel. Excluindo o custo com integração, o acordo irá diluir os ganhos por ação em menos de 1% este ano e acrescentará 1% a 2% para o lucro em 2010.

 

Veículo: Gazeta Mercantil


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