Preço da borracha poderá cair 30%

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A escalada de 47% em quatro meses dos preços da borracha poderá estar chegando ao fim, com a maior queda da demanda por pneus em três décadas.

 

Os fabricantes de pneus, maiores consumidores de borracha, devem informar uma queda de 6,8% nas vendas em 2009, uma vez que a recessão global reduz a demanda por automóveis, segundo o Grupo Internacional de Estudo da Borracha, organização financiada pelo governo em Cingapura.

 

A oferta da Tailândia, a maior exportadora do mundo, deverá aumentar depois de uma queda sazonal, prevêem os produtores. Os preços, de US$ 1.530 a tonelada, estão 18% acima das alternativas sintéticas, derivadas do petróleo.

 

Michael Coleman, um dos gestores de um fundo de commodities que deu retorno de 24% no ano passado, e Felix Yeo, diretor de comercialização na unidade da Marubeni Corp. em Cingapura, dizem que os preços poderão cair até 35%. A Bridgestone Corp., a maior fabricante mundial de pneus, disse que a queda nos preços da borracha e das matérias-primas poderá aumentar em 99 bilhões de ienes (US$ 1 bilhão) os seus lucros neste ano.
"Acredito que os preços podem cair para US$ 1.000 a US$ 1.200" a tonelada até o fim de setembro, se a economia não voltar a crescer, disse Yeo. A Marubeni é a maior empresa de comercialização de borracha do Japão. "As principais economias ainda não apresentaram uma recuperação significativa."

 

O avanço nos preços globais das commodities, este ano, é prematuro, uma vez que não há fortes indícios de melhora na demanda, disse Sean Corrigan, co-gestor de US$ 5 bilhões em commodities na Diapason Commodities Management SA de Lausanne (Suíça).

 

As vendas de pneus para carros de passageiros e veículos comerciais no mundo vão cair de 1,41 bilhão de unidades no ano passado para 1,32 bilhão de unidades em 2009, previu No Dock Moung, analista do Grupo Internacional de Estudo da Borracha, que representa produtores e consumidores. Se confirmado, esse declínio será o maior desde, pelo menos 1975, disse ele.

 

Os pneus representaram 67% do consumo de borracha natural no ano passado. Esteiras rolantes, luvas, vedações hidráulicas, carpetes e preservativos representam a maior parte do restante, disse ele.

 

A economia da China pode reagir este trimestre, uma vez que o pacote de incentivo econômico do primeiro-ministro Wen Jiabao, de 4 trilhões de iuan (US$ 585 bilhões), contrabalança o efeito da recessão global. Com isso, as importações de borracha pela China, o maior consumidor do mundo, cresceram de 180 mil toneladas nos dois primeiros meses do ano para 190 mil em março, segundo dados da alfândega. A alta foi alimentada por um aumento de 10 % nas vendas de carros de passageiros em março, em relação ao mesmo mês de 2008.

 


Veículo: Gazeta Mercantil


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