O volume de etanol comercializado pelas unidades produtoras do Centro-Sul somou 1,13 bilhão de litros nos primeiros quinze dias de maio, alta de 17% em relação à mesma quinzena do ano anterior. A alta foi puxada pelo recorde na venda de etanol hidratado no mercado doméstico.
Segundo a União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica), as vendas alcançaram 759,75 milhões de litros na primeira metade do mês, um novo recorde para as primeiras quinzenas de maio. A alta é de 34,6% ante a igual período de 2017 .
Para Antonio de Padua Rodrigues, diretor Técnico da Unica, "nesse momento, o hidratado se consolida como opção mais barata que o derivado fóssil. Adicionalmente, o etanol anidro misturado à gasolina também tem atenuado os aumentos de preço da gasolina. Portanto, é fundamental que qualquer alteração de tributos seja realizada de forma proporcional para o biocombustível, garantindo que sua competitividade não se altere."
Em relação ao anidro, o volume comercializado no mercado doméstico alcançou 327,29 milhões de litros na primeira quinzena de maio. Esse montante é superior aos 282,62 milhões vendidos na quinzena anterior, mas 9,87% aquém da quantidade comercializada na mesma quinzena do ano passado.
A quantidade de cana processada atingiu 42,65 milhões de toneladas na primeira quinzena de maio, resultado 10,55% superior ao registrado mesmo período de 2017.
Com 1,41 bilhão de litros, a produção de etanol hidratado é expressivo, especialmente considerando tratar-se do início da safra canavieira no Centro-Sul. Esse volume decorre principalmente, da mudança no mix de produção das unidades. Com efeito, na primeira quinzena de maio 63,42% da cana processada destinou-se à fabricação de etanol, ante 53,19% computados em igual período da safra passada.
"Caso não tivesse ocorrido mudança no mix das usinas, a produção acumulada de açúcar já teria superado 5 milhões de toneladas", observa Padua.
Fonte: DCI