Caminhões pararam, mas o varejo não pode

Leia em 2min

A greve em protesto contra a alta no preço dos combustíveis, realizada pelos caminhoneiros, impacta diversos setores do Brasil, desde o abastecimento de produtos no comércio, na produção, no transporte público, e até a segurança dos cidadãos. São diversos os reflexos causados pela paralisação. Diante desse cenário, de que forma o comércio varejista pode reagir?


Com a escassez de produtos, é natural uma maior valorização e algumas pessoas até estão dispostas a pagarem mais por eles, mas, embora essa prática seja muito utilizada, é preciso tomar cuidado demasiado com a alta abusiva dos preços. Ter tal atitude não só é pecado mortal no que diz respeito ao relacionamento com o cliente, mas também é proibido por lei.

 

Alguns estabelecimentos estão aderindo ao sistema de cotas por produto e cliente. Essa é uma boa possibilidade para produtos que sejam de primeira necessidade. Isso porque, dependendo do segmento, pode impactar em uma prática improdutiva, pois, se o consumidor considerar que não faz sentido adquirir uma cota menor, certamente, ele desistirá da compra. Ao optar por esta iniciativa, explique que se trata de um período crítico em função da escassez e que essa medida é para atender a todos, com o mínimo necessário.

 

Além disso, é preciso que o estabelecimento esteja bem preparado para administrar essa situação, uma vez que a fila pode ficar muito grande e alguns podem tentar furá-la, ou burlar a cota máxima. Portanto, para evitar que o consumidor sinta-se enganado, organize senhas ou as filas e tenha o controle da situação.

 

Se a sua iniciativa for de vender até acabar o estoque sem delimitar cotas, diga ao consumidor que tal produto está em falta em função da greve. Seja o mais transparente possível, avise se tem previsão de retorno. Caso não tenha um prazo, peça também para o cliente deixar o seu contato e avise quando o produto chegar.

 

Aproveite para se aproximar do seu público! Demonstre que a sua preocupação nesse momento é atender todos da melhor forma possível. Não minta para o consumidor, nem tente tirar proveito da situação - com preços elevados, por exemplo -, pois ao se sentir lesado, provavelmente, não retornará à sua loja e ainda poderá se tornar um detrator e falar mal do seu estabelecimento.

 

Fonte: DCI

 

 


Veja também

Protesto de caminhoneiros põe em risco produção de ovos em Bastos

Cidade que responde por quase 25% de todo ovo consumido no país já diminuiu seu ritmo de produç&ati...

Veja mais
Venda de etanol hidratado sobe 34% e é recorde

O volume de etanol comercializado pelas unidades produtoras do Centro-Sul somou 1,13 bilhão de litros nos primeir...

Veja mais
Greve dos caminhoneiros paralisa ao menos 120 dos 180 frigoríficos do País

Os bloqueios nas rodovias de 20 estados brasileiros por conta da greve dos caminhoneiros já ameaçam o abas...

Veja mais
Setores como avicultura e pecuária leiteira sofrem perdas

Os protestos de caminhoneiros em praticamente todo o Brasil, que hoje completam cinco dias, passaram a representar um ri...

Veja mais
Oferta de alimentos está comprometida na Capital

Se ontem e anteontem a greve dos caminhoneiros gerou uma corrida a postos de combustíveis, com consumidores temen...

Veja mais
Caminhoneiros : Frigoríficos paralisam compras de bovinos

Com a paralisação dos caminhoneiros, o mercado físico do boi gordo ficou praticamente sem refer&eci...

Veja mais
Faesc apoia movimento dos caminhoneiros e pede respeito ao setor rural

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC) reconhece a legitimidade ...

Veja mais
Movimento de caminhoneiros evidencia estoque inadequado

A política mais conservadora para a composição dos estoques, adotada ao longo da crise econôm...

Veja mais
Paralisação afeta serviços públicos e compromete transporte de passageiros

No quarto dia de paralisação dos caminhoneiros, que ocorreu em 533 pontos do país, o transporte p&u...

Veja mais