A produção brasileira de cloro e soda cáustica caiu respectivamente 3% e 1,8% no primeiro trimestre de 2009, quando comparado ao mesmo período de 2008, segundo a Associação Brasileira de Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclor). O presidente da instituição, Roberto Bischoff, avaliou o recuo como "leve" e considerou que a expectativa do setor é de crescimento já a partir do segundo semestre deste ano. O consumo aparente de cloro teve baixa de 2,9% no período. Enquanto que o de soda cáustica teve acréscimo de 5,6%. As vendas totais recuaram 16,5%.O nível de utilização da capacidade instalada teve queda de 11,3%, para 80,9%. Bischoff destacou que a utilização de capacidade já demonstrou recuperação em abril. Segundo o presidente da Abiclor, o setor de química e petroquímica é o principal consumidor de cloro, responde pela utilização de 95% da produção interna. Dentro deste segmento, 44% é destinado para a produção de PVC.
Ainda na indústria química, Bischoff disse que os setores de ácido clorídrico - utilizado pelas indústrias de alimentação, mineração, siderurgia - e de hipoclorito de sódio ( usado principalmente na produção de produtos de limpeza) não sentiram os efeitos da crise financeira. As vendas dos dois segmentos tiveram alta de 6,7% e 3,3%, respectivamente.
Com relação à soda cáustica, as vendas totais recuaram 6,7% no trimestre. O nível de utilização recuou 5,6%, para 81,8%. Bischoff destacou o avanço de 16,7% nas importações do produto. "Essas importações, vindas principalmente da China, nos preocupam." Bischoff disse, entretanto, que o consumo de energia elétrica representa 45% dos custos de produção e o preço da energia na China vêm aumentando.
Veículo: Gazeta Mercantil