A participação dos genéricos no mercado de medicamentos brasileiros deverá dobrar até 2011. A estimativa foi feita ontem pelo presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos), Odnir Finotti, durante evento para comemoração dos 10 anos da entrada dos genéricos no mercado interno. Hoje, a categoria responde por 18% do mercado farmacêutico. No acumulado dos últimos 12 meses até março, o setor movimentou US$ 2 bilhões em vendas.
"O segmento se converteu no motor do crescimento da indústria farmacêutica", disse Finotti, destacando que as vendas dos genéricos vêm crescendo em patamares superiores ao da indústria de medicamentos. Segundo a Pró Genéricos, desde 2004 a expansão da categoria tem sido quatro vezes superior ao total do setor farmacêutico. No primeiro trimestre, o segmento cresceu 4,1%, enquanto a indústria teve incremento de 1,2%.
De acordo com Finotti, este salto na participação dos genéricos no mercado, até 2011, acontecerá mediante a finalização do período de patente de medicamentos altamente consumidos como o Lipitor (usado para controlar o colesterol) e o Viagra, ambos da Pfizer. "A partir do momento que forem produzidos os genéricos destes medicamentos, não será muito otimismo esperar que a participação dos genéricos no mercado dobre", afirmou.
O desempenho dos genéricos vem chamando atenção de diversas empresas, que veem no segmento uma oportunidade de negócio. Esse foi o caso da francesa Sanofi que adquiriu recentemente a brasileira Medley.
Veículo: Gazeta Mercantil