A queda do dólar tornou mais atrativo o setor de importados nos supermercados. Vinhos, queijos, azeites de oliva, bacalhau, geleias e outros artigos estão em promoção ou com descontos que podem chegar a 15%.
Em alguns estabelecimentos, no entanto, o impacto da desvalorização da moeda norte-americana só vai ser sentido em dois meses, por conta dos estoques. Nos Supermercados Giassi, segundo presidente Zefiro Giassi, o repasse para o consumidor ocorre sempre que o produto importado é liquidado com valor inferior ao que foi encomendado. Isso porque o comprador faz o pedido considerando uma variação cambial, mas paga o preço pela cotação do dia em que for liquidada a fatura.
Se neste período, o Giassi paga menos do que o valor pelo qual o produto foi solicitado, quem sai ganhando é o consumidor.
Variação cambial representa apenas 60% do preço total
– O repasse só não é integral porque a variação cambial representa apenas 60% do preço dos importados. Os custos operacionais e o imposto não mudam. Assim, se dólar teve uma redução de 30% entre o período do pedido e o da liquidação da fatura, a queda para o consumidor será de 20% – exemplifica.
Zefiro lembra que todo o mercado de importados é problemático justamente porque o preço muda, principalmente em momentos de grande oscilação cambial como o atual. Por conta disso, a queda do dólar só começou a repercutir no preço dos produtos importados muito recentemente.
– No nosso caso, liquidamos uma fatura hoje (quinta-feira) e essa carga de azeite de oliva será vendida com preços bem atraentes para o consumidor porque pagamos menos por ela do que planejamos quando foi feita a encomenda – diz.
Veículo: Diário Catarinense