O Café Canecão, maior indústria de café da Região Metropolitana de Campinas, deve aumentar sua produção do grão em 10% este ano. No ano passado, a companhia produziu 1,86 milhão de quilos de café. A previsão é de Natal Martins, diretor de economia e estatística da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic) e diretor comercial do Café Canecão em Campinas. Atualmente companhia emprega 92 colaboradores.
Segundo Martins, a cafeicultura movimenta, por ano, R$ 220 milhões em Campinas e lá são comercializados 28 milhões de quilos de café.
De acordo com previsões da Abic, a safra 2009/2010 de café no Brasil deve chegar a 40 milhões de sacas, das quais 17 milhões devem ficar para consumo interno e o restante ser redirecionado às exportações.
Segundo a entidade, se o consumo interno no Brasil continuar crescendo, em cinco anos o País será não só o maior produtor do grão, mas também o consumidor mundial de café. Atualmente, os EUA ocupam a primeira posição, em consumo, no ranking, com 20 milhões de sacas por ano. Mas, de acordo com a entendida, os norte-americanos não estão avançando neste quesito. No Brasil, a cadeia de café movimenta R$ 6 bilhões por ano e emprega 4,6 milhões de pessoas.
Natal Martins lembrou ainda que o selo de pureza da Abic está completando 20 anos e quando foi criado tinha por objetivo aumentar a qualidade e reduzir a fraude no grão. Segundo ele, o selo serviu de exemplo não só para o Brasil como também para o exterior. "A Abic vem incentivando seus associados a investirem em qualidade, em marketing e a diversificarem seus produtos", afirma.
Funcafé
O Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), já autorizou a liberação de R$ 1 bilhão, do total de R$ 1,8 bilhão previsto para a safra de 2009. As liberações ocorrem de acordo com a demanda efetiva de cada linha apresentada pelos agentes financeiros contratados.
Os recursos do Funcafé autorizados, até ontem, estão sendo aplicados na contratação de crédito para colheita (R$ 450 milhões), custeio (R$ 122 milhões), estocagem (R$ 202 milhões), Financiamento para Aquisição de Café (R$ 215 milhões), recuperação de lavouras atingidas por granizo (R$ 27 milhões), liquidação de dívidas vinculadas à Cédula do Produto Rural (R$ 35 milhões) e reescalonamento das linhas de custeio e colheita (R$ 12,7 milhões).
Veículo: DCI