O setor de comércio alcançou a receita de mais de R$ 1,3 trilhão em 2007, de acordo com a Pesquisa Anual do Comércio 2007 (PAC 2007), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Estima-se que esse valor foi gerado por 1,686 milhão de estabelecimentos comerciais existentes há dois anos no Brasil, pertencentes a 1,596 milhão de empresas.
A maior parte dessa receita foi gerada pelas 110.368 empresas do segmento do atacado, que fecharam o período com R$ 551,5 bilhões em receita operacional líquida, o que equivale a 43,8% do total. Já o setor varejista reuniu, em 2007, 1,4 milhão de empresas e gerou R$ 518 bilhões, ou 41,1% do total. Por último, o comércio de veículos automotores fechou com uma receita de R$ 190 bilhões, o equivalente a 15,1%.
As empresas de atacado, porém, representam apenas 6,9% do número total de empresas. A maioria (84,4%) é de varejistas, e o restante (8,7%) comercializava veículos automotores, peças e motocicletas.
A pesquisa ainda mostrou que o setor de comércio emprega cada vez mais e aumentou em 2,4 milhões o número de pessoas ocupadas entre 2003 e 2007, passando de 6 milhões de trabalhadores para 8,4 milhões no período. Entre os que mais geraram empregos, está o segmento de hiper- e supermercados, que gerou 256,8 mil vagas entre 2003 e 2007, seguido do comércio varejista de material de construção, com aumento de 212,6 mil postos no período.
Já o valor dos salários médios pagos por toda a área apresentou queda, saindo de 2,1 salários mínimos, em 2003, para 1,8 salário mínimo em 2007. Regionalmente, o Estado de São Paulo absorveu a maior parcela dos profissionais ocupados no setor (30,3%) em 2007, enquanto Roraima e Tocantins responderam pela menor parcela (0,1%).
Os dados concluem que em 2007 não houve grandes mudanças estruturais no setor comercial em relação aos anos anteriores, tendo o setor atacadista continuado a ser o responsável pela maior parcela da receita.
Veículo: DCI