O plenário do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) confirmou ontem a medida cautelar que suspende os efeitos da aquisição da fabricante brasileira de medicamentos Medley pela francesa Sanofi-Aventis. Adotada há duas semanas pelo relator do caso, conselheiro César Mattos, mas que ainda precisava ser votada pelo plenário, a medida proíbe as empresas de fazer alterações societárias, fechar ou desativar empresas da Medley, demitir funcionários ou transferi-los entre as empresas. As marcas e ativos devem ser mantidos e elas não podem unir as suas estruturas administrativas e nem modificar as formas de comercialização de produtos.
César Mattos mostrou preocupação com o poder de portfólio, dado que essas empresas costumam comercializar medicamentos em bloco com distribuidores e farmácias. "Este formato de negociação permitiria que empresas que detivessem portfólios suficientemente variados de medicamentos sejam capazes de bloquear o acesso de outras empresas aos mesmos distribuidores e farmácias, que detenham um portfólio mais modesto", afirmou. Assim, a medida cautelar foi confirmada por unanimidade e a fusão continua suspensa.
Veículo: DCI