Hypermarcas pode captar mais de R$ 1 bi

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Período de reservas para ações da empresa começa em 8 de julho

 

A Hypermarcas, fabricante de bens de consumo dona de marcas como Assolan, Doril, Etti e Risqué, divulgou ontem o prospecto preliminar da sua oferta pública de ações ordinárias (com direito a voto). A empresa pretende vender 30 milhões de ações, sendo 20 milhões em emissão primária (novas ações, cujos recursos são usados para capitalizar a empresa) e 10 milhões em emissão secundária (ações já existentes, cujos recursos ficam para os vendedores). De acordo com o prospecto, há ainda a possibilidade de um lote suplementar de 4,5 milhões de ações e de um lote adicional de 6 milhões de ações.

 

Levando-se em consideração os preços dos papéis da Hypermarcas na Bovespa na quarta-feira (R$ 25,10), a venda de 30 milhões de ações significaria uma captação de R$ 753 milhões. Com os lotes adicional e suplementar, esse valor superaria R4 1 bilhão. A empresa ressalta, porém, que os preços serão fixados "com base no resultado do processo de coleta de intenções de investimento", sistema conhecido como bookbuilding.

 

O período de reserva para as ações será iniciado em 8 de julho, com término em 13 de julho. Segundo a empresa, de 10% a 15% das ações serão reservadas para a oferta no varejo, para investidores não institucionais que efetuarem as reservas. Nesse caso, o investimento mínimo será de R$ 3 mil e, o máximo, de R$ 300 mil. O preço das ações será fixado em 14 de julho, e a negociação dos novos papéis na bolsa começa em 16 de julho. A empresa informou que os recursos captados com a distribuição de ações serão usados para a aquisição de novas empresas e marcas.

 

A Hypermarcas, controlada por João Alves de Queiroz Filho, ex-dono da Arisco, abriu seu capital na bolsa em abril do ano passado, captando cerca de R$ 700 milhões. Dois meses depois, a empresa comprou, por R$ 874 milhões, a Farmasa, dona de marcas de medicamentos como Rinosoro e Lisador.

 

Também no ano passado, comprou algumas marcas da Revlon - incluindo a Bozzano -, por R$ 200 milhões, e a Niasi, dona da marca de esmaltes Risqué, por R$ 366 milhões. A estratégia do grupo é criar um gigante dos produtos de consumo, nos moldes de multinacionais como Unilever e Procter & Gamble.

 

Veículo: O Estado de S.Paulo


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