Synergex fecha acordo no Brasil com a Sony

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Parceria entre as duas companhias vai possibilitar a produção local de alguns jogos para Playstation

 

Quem procurar jogos Street Fighter (de luta) e Pro Evolution Soccer (de futebol) para o console Playstation no varejo brasileiro não deverá estranhar a inscrição "Produzido no Brasil" que virá impressa na embalagem a partir do segundo semestre.

 

É que a empresa responsável pela distribuição desses e outros títulos no país, a canadense Synergex, fechou um acordo com a unidade voltada à fabricação de CDs e DVDs da Sony, a DADC, para produzir aqui os jogos que hoje são importados dos Estados Unidos.

 

Segundo David Aiello, presidente e executivo-chefe da Synergex, a expectativa é de redução de preços entre 30% e 35% em títulos de 20 empresas como Konami, Capcom e Ubisoft. Quando anunciou a iniciativa em abril, a estimativa da Sony DADC era de quedas entre 10% e 25%, dependendo do modelo do vídeogame - Playstation 2 (PS2), 3 (PS3) ou o portátil (PSP).

 

"A tributação de um jogo importado hoje chega a 92%", diz Aiello. Ainda não há uma previsão de quantos e quais títulos serão lançados até o fim do ano, mas o executivo garante que o interesse é grande. Só no primeiro trimestre, a Synergex colocou no mercado 50 novos jogos e o Brasil foi responsável por metade dos US$ 11,8 milhões que a companhia faturou na América Latina "Faremos pilotos para testar o modelo. Os negócios devem acelerar em 2010", diz.

 

A Synergex trabalha como representante das publicadores de jogos que não têm presença no país. Por meio de acordos de licenciamento, ela fica responsável pela tradução de embalagens e manuais, fabricação, distribuição e promoção dos jogos. "Somos mais um sócio do que um prestador de serviços", define. Há dois anos atuando no país, a empresa está presente em 200 lojas de pequeno porte e em redes como Wal-Mart e Lojas Americanas. De acordo com Aiello o interesse dos grandes varejistas nos jogos vem crescendo nos últimos tempos em virtude das margens mais altas que eles oferecem em relação ao CDs e DVDs. "Elas ficam entre 20% e 30% em um produto que também é mais caro", diz. Uma recuperação interessante para um setor que foi ignorado por quase uma década.

 

No começo dos anos 90, encontrar jogos e consoles de vídeo game no Brasil não era nada difícil. Associadas a empresas locais, as duas gigantes do setor - Sega e Nintendo - disputavam ferozmente a preferência dos aficcionados por jogos eletrônicos. Mas o mercado logo encolheu e o setor ficou no limbo até 2006, quando a Nintendo e a Microsoft apostaram mais uma vez no país com o lançamento oficial de seus consoles de última geração (Wii e Xbox360, respectivamente).

 

Durante todo estas idas e vindas, no entanto, a Sony nunca pareceu interessada em trazer para o país oficialmente o seu Playstation, líder absoluto do mercado até o lançamento do Wii. Este ano, no entanto, as coisas parecem ter mudado.

 

Além da produção local de jogos para o console, a empresa colocou o Brasil no mapa do seu equipamento de última geração, o Playstation 3. Durante a feira E3, realizada mês passado em Los Angeles, nos Estados Unidos o executivo-chefe da companhia, Jack Tretton, anunciou que o produto seria colocado no mercado local até o fim de 2009 - com a possibilidade de fabricação no país. Em comunicado, a Sony Brasil e a Sony Computer Entertainment America afirmaram que ainda estão desenvolvendo a estratégia de negócios desse produto, e tão logo ele seja definido informará a imprensa.

 

Enquanto isso, a primeira encomenda de jogos para Playstation com fabricação local, feita pela Warner Home Entertainment, se aproxima das lojas. Segundo a Sony DADC, ela foi entregue à distribuidora Videolar há cerca de 20 dias.
 


Veículo: Valor Econômico


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