Positivo mira mercado de luxo

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Líder de vendas no Brasil, a Positivo Informática, rainha da classe C, agora mira novos horizontes. Para atrair o gosto do público exigente, e disposto a pagar mais, a empresa investe em design e novas tecnologias. "Fizemos uma pesquisa e descobrimos que as classes A e B compravam a gente muito mais do que imaginávamos", explica Hélio Hotenburg, presidente da companhia paranaense.

 

As novidades são muitas. A linha Mobo, por exemplo, ganhou ramificações com direcionamento de público claro, comportamento raro para a empresa. "Estamos correndo um risco muito bem calculado. Sabemos que o Mobo Red, por exemplo, venderá bem menos que os outros, e que vai interessar mais ao público feminino. Como posicionamento da marca, isso é importante", acredita Adriana Flores, gerente de produtos da Positivo.

 

A empresa ainda correu outros riscos para criar produtos mais atraentes para classe A e B. Os principais são a linha Aureum e Platinum de notebooks, que primam pelo design e pela pouca espessura. O Aureum chega em dois modelos. O 4500 tem 3G embutido, tela LED de 13,3 polegadas, HD de 500GB e 4GB de memória RAM. Pesa 1,6 quilo e o preço sugerido é de R$ 2.599. Já o 4400 tem tudo que o 4500, menos o 3G, e sai R$ 200 mais barato por isso. O destaque negativo dos dois, assim como na maioria dos lançamentos da linha 2010, é o processador no caso dos dois notebooks é o Pentium SU2700 (1,3 GHz, FSB 800MHz, 2MB Cache L2). Com 3,28cm de altura e configuração até robusta, a linha Aureum merecia chips mais atuais.

 

"O imperativo é a questão do preço. Para não avançarmos muito, temos de fazer economias. Se colocamos algumas linhas de processadores que ainda não têm suas placas com fabricação nacional, se perdem as isenções e acaba mais caro", justifica Hotenburg. O mesmo acontece com o Platinum, ainda mais fino (2,2cm), e traz até uma configuração robusta. Mais uma vez, o processador, um Core 2 Solo, destoa. Perguntado se a desatualização de componentes não poderia afastar um público mais exigente, o presidente da empresa rebateu: em todas as classes há pessoas que não entendem tanto e não buscam as configurações mais recentes. Vale lembrar que a Intel, fabricante dos chips citados, já lançou produtos mais recentes que os adotados pela Positivo, caso das linha Core i7 e Core i5.

 

SIMPLICIDADE. Para os desktops, a novidade são os computadores tudo em um, que juntam torre e tela em uma só peça. Democráticos, os novos modelos têm versão que custam de R$ 999 a R$ 3.799. "Não dá para dizer que o tudo em um é uma evolução do desktop. Temos diversas formas possíveis, e ele é uma delas", explica Adriana. Entre os mais baratos (sai por R$ 1.499), o Union 640, com tela de 15,6 polegadas, tem até placa de captura de TV.

 

No mais caro dos três modelos, o Union Touch 2200 (R$ 3.799), a tela tem 21,5 polegadas e ainda é sensível ao toque. "Esse é um produto que vem para provar nossa capacidade de produzir novidades. Aproveitamos a chegada do Windows 7, que traz novas possibilidades, para oferecer o recurso dual touch, que permite uma melhor interação com o display", anuncia Hélio.

 

A Positivo atingiu este mês a marca de 5 mil empregados. As contratações chegam junto com as ampliações das fábricas de Curitiba, Ilhéus (BA) e Manaus, que absorveram investimentos de R$ 10 milhões. Até o fim do ano, elas devem elevar a capacidade de produção da empresa de 240 mil para 330 mil PCs por mês. A fábrica de placas-mãe também cresceu, de 94 mil para 127 mil peças/mês.

 

Veículo: Jornal do Commercio - RJ


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