Substância está presente em excesso nos macarrões instantâneos e outros alimentos
A utilização do glutamato monossódico, substância utilizada pela indústria alimentícia para realçar o sabor e aroma, e apontado pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste) como um dos ingredientes vilões dos macarrões instantâneos, por provocar reações adversas no organismo humano, é liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Em pesquisa publicada ontem pelo JT, a Pro Teste avaliou as dez marcas mais vendidas no País de macarrão instantâneo e constatou que os produtos continham quantidades abusivas de glutamato, sódio e gordura. Alguns apresentavam até 2,3 gramas de sódio - volume que supera as 2g diárias de ingestão recomendada pela Organização Mundial da Saúde.
No entanto, de acordo com o órgão, os fabricantes de alimentos podem usar o glutamato na quantidade que considerarem suficiente “para obter o efeito tecnológico desejado”. Basta que o nome da substância conste no rótulo.
A nutricionista Viviane Laudelino Vieira, da Faculdade de Saúde Pública da USP, explica que os nutrientes que compõem o glutamato monossódico constam nas tabelas nutricionais dos alimentos. Porém, não são especificados dos demais ingredientes. “Por exemplo, todo sódio dos ingredientes é somado e colocado na tabela nutricional do produto apenas como sódio, sem a origem.”
Hambúrgueres, pizzas, lasanhas congeladas, salgadinhos, molhos de tomate, sardinhas e temperos prontos têm como um dos principais ingredientes as substâncias.
RÓTULOS
Observe a composição nutricional do produto no supermercado e identifique a quantidade de cada nutriente (gordura, carboidratos, proteínas, vitaminas e sais minerais)
Veja a lista de ingredientes. Eles aparecem sempre em ordem decrescente de quantidade
Não ultrapasse os valores diários (VD) recomendados para carboidratos, proteínas, gordura (totais e saturadas) e sódio
Veículo: Jornal da Tarde - SP