Mesmo a pequena pizzaria do bairro também quer agradar os clientes enófilos. Quem está dando o empurrãozinho necessário é a rede Makro, que, em 2009, criou o Speciale Adega & Emporium. Trata-se de um espaço dentro da loja que vende uma seleção de 700 rótulos que custam de R$ 10 a R$ 100, além de espumantes e destilados para o cliente de food service. O projeto também engloba uma consultoria completa para esses pequenos comerciantes, varejistas, donos de restaurantes, de lojas de fast food que perceberam a demanda. "Esses clientes profissionais não tinham esse tipo de atendimento com os atacadistas. Então nós treinamos uma equipe não apenas para vender, mas também para ajudar na elaboração da carta de vinhos, em como armazenar corretamente as garrafas, na harmonização com a comida e até na precificação e margem", afirma Artur Illiano, gerente de vendas e operações. Das 76 lojas Makro no país, 13 oferecem o serviço. Mas esse ano, com os bons resultados, o projeto será ampliado. São 140 mil garrafas vendidas por mês nas lojas Speciale, um crescimento de 60%. "Percebemos um aumento no número de compradores e no ticket médio."
A previsão é a abertura de dez lojas até o final do ano. Mas não serão abertas no modelo "loja dentro da loja". "Um dos nossos clientes chegou a falar que ia se vestir melhor para entrar na loja Speciale. Muitos julgavam inibidor e esse não era nosso objetivo. Então, com esse feedback percebemos que o melhor era integrar o Speciale ao restante da loja." Os novos espaços serão inaugurados em lojas Makro instaladas em cidades que serão sede da Copa do Mundo. "Implementamos um em Brasília e os próximos serão em Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Maceió, Aracaju e Cuiabá." Eles também estão focados em apresentar o projeto em cidades com potencial. Pela primeira vez, montaram um estande no Market Plaza, shopping sazonal de Campos do Jordão durante a temporada de julho. E o que se viu foi um "Makro gourmet": gôndolas com vinhos e itens importados para harmonizar. "Temos Makro em Taubaté, cidade próxima. Mas Campos do Jordão é um local com muitos restaurantes, portanto, tínhamos de estar por lá. Foi uma forma de sentirmos o mercado da região."
Veículo: Valor Econômico