Supermercados paulistas preparam uma série de ações para tentar fisgar pelo bolso os consumidores no primeiro dia do fim das sacolinhas plásticas.
Algumas redes devem oferecer as sacolas retornáveis de graça para quem fizer compras na próxima quarta-feira.
No dia a dia, elas são vendidas por até R$ 2,99.
A ideia é quebrar a resistência de alguns consumidores à campanha por conta do custo extra.
Hoje, as sacolinhas tradicionais (de plástico) são oferecidas gratuitamente pelos supermercados.
A partir de quarta, o consumidor terá de levar sua própria sacola ou caixa de papelão ou então comprar uma sacola retornável ou uma descartável biodegradável (de amido de milho), que custará R$ 0,19.
Outra ação prevista para o dia 25 é o lançamento de novos modelos de sacolas reutilizáveis, mais baratos.
Segundo o presidente da Apas (Associação Paulista de Supermercados), João Carlos Galassi, haverá produtos a partir de R$ 0,49. Hoje, a mais em conta no mercado custa R$ 1,85.
Na era da sacola reutilizável, São Paulo ainda recicla pouco
Eleitas as vilãs do meio ambiente no momento, as sacolinhas plásticas deixarão de ser distribuídas em parte dos supermercados de São Paulo a partir da próxima quarta-feira.
A medida, porém, está longe de ser a solução dos problemas ambientais na capital, que separa apenas 10,7% do lixo possível de ser reciclado.
Ou seja, de um total de 2.000 toneladas que podem ser recicladas por dia, apenas 214 toneladas efetivamente são.
Isso significa que, todos os dias, cerca de 1.800 toneladas de lixo, como sacolas plásticas, latas e garrafas, acabam no aterro sanitário junto com o lixo comum ou são despejados irregularmente em ruas e córregos.
Isso acontece porque o programa de coleta seletiva da prefeitura só atende 1,6 milhão dos 3,9 milhões domicílios paulistanos, que produzem diariamente 10 mil toneladas de lixo.
Veículo: Agora S.Paulo