Aumenta no Estado e no País o movimento pela substituição das sacolinhas plásticas de supermercado por embalagens retornáveis. Consideradas prejudicais ao meio ambiente, há uma tendência de que a distribuição das sacolinhas seja cada vez mais restrita, até a retirada definitiva. O pretexto é que a utilização destas embalagens é excessiva. Consagradas popularmente, as sacolinhas descartáveis são produzidas a partir de derivados de petróleo e acusadas de resistir décadas no meio ambiente, contribuindo para entupir bueiros e redes de escoamento de águas e esgotos, favorecendo alagamentos e provocando impactos ambientais negativos. Informalmente, alguns estabelecimentos já trocam as sacolinhas por algumas reutilizáveis, que são, naturalmente, cobradas dos consumidores. Defendo a permanência das sacolinhas e a educação sobre seu uso.
A implantação de qualquer programa de substituição das sacolas será sempre tida como uma perda diante da consagração popular delas e vai gerar descontentamento dos consumidores e prejudicar, ainda, a indústria do plástico que gera, com as embalagens, milhares de empregos. No estado de São Paulo, o Conselho Superior do Ministério Público entende que a simples retirada das sacolinhas demonstra um desequilíbrio entre os compromissos dos lojistas com seus clientes, que serão obrigado a assumir pagando pela sacolinha ou por outra embalagem reutilizável. Por outro lado, os supermercados terão que demonstrar aos consumidores que eles estão sendo compensados da perda das sacolinhas com a redução dos custos das mercadorias. O respeito aos consumidores é indispensável e, caso se confirme a retirada, eles necessitam ser recompensados repartindo a economia obtida pela perda das embalagens em nome do marketing ecológico e dos ganhos ambientais. (Alceu Barbosa Velho -
Deputado estadual/PDT)
Veículo: Jornal do Comércio - RS