A Redecard quer reduzir custos para diminuir preços e defender sua participação no mercado, disse Carlos Zanvettor, diretor-executivo de Varejo e Marketing da empresa.
"A maneira de proteger a nossa participação de mercado é nos tornarmos agressivos", disse Zanvettor. "Estamos aumentando a eficiência, melhorando a tecnologia e transferindo todos esses ganhos para o preço." A companhia quer cortar o custo por operação para entre R$ 0,30 e R$ 0,35 nos próximos dois meses, contra os R$ 0,38 do primeiro trimestre, disse Zanvettor. Em 2012, o custo deve cair ainda mais. A empresa reduziu seu quadro de funcionários em cerca de 350 pessoas entre julho e setembro, disse.
A competição ficou mais acirrada após 2010, quando uma nova legislação para o setor removeu direitos exclusivos para o processamento de certas transações. Redecard e Cielo podem perder até 18% do mercado para novas companhias até 2015, segundo relatório do Credit Suisse. Em março a Redecard tinha fatia de 41% no mercado de processadoras, contra 54% da Cielo.
A Redecard está interessada em comprar participação na STP, dona do Sem Parar e do Via Fácil, disse Zanvettor.
O presidente da Cielo, Romulo Dias, admitiu ontem que a preocupação da empresa neste momento está na atuação agressiva do Santander em relação aos preços no que diz respeito ao segmento de cartões de crédito e débito. Ele garantiu, no entanto, que a Cielo não seguirá a mesma trajetória para vencer nessa seara.
"A Redecard me preocupa mais porque é maior, mas em termos de preço Santander tem sido mais agressivo. Não sei até quando vão seguir a mesma estratégia em termos de preço", afirmou.
A contrapartida da empresa, segundo Dias, vem em outros pontos, como inovação e rede de distribuição.
Veículo: DCI