Empresas lucram com vendas on-line

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Vender produtos de beleza e cosméticos pela internet tornou-se um negócio promissor, mas não só para grandes sites. Os micro e pequenos empreendedores têm descoberto seu espaço nesse mercado investindo em nicho e personalização para se destacar das demais lojas on-line e fugir da concorrência. O setor cresceu quase 19% no ano passado e é o quarto segmento que mais vendeu pela internet em 2011, de acordo com entidades da área.

Para se tornarem competitivos em um mercado concorrido como o virtual e de produtos de higiene e beleza, os micro e pequenos empresários entenderam que a melhor estratégia não seria se diferenciar pelo preço baixo. "Praticar o menor preço não fideliza o consumidor. As empresas de pequeno porte precisam oferecer alguma coisa a mais para que consigam destaque entre tantas outras. E como se trata da internet, em que o que vale é a recomendação, não é o custo do produto que conta para quem irá comprar", explica o consultor de marketing Marcelo Sinelli, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP).

Outra forma de se diferenciar é atender um segmento específico. A administradora de empresas Juliana Piria, de 34 anos, encontrou um nicho de mercado há três anos. Ela resolveu vender os produtos para cabeleireiros profissionais do salão de beleza do marido pela internet, no site de comércio eletrônico MercadoLivre.

Após um ano, quando o volume de vendas aumentou, ela saiu do emprego para se dedicar inteiramente à empresa Super Bonita Cosméticos. E com a demanda crescente, o negócio precisou de mais espaço na internet e recentemente foi colocado no ar o site oficial da pequena empresa.

"Não foi pelo preço que eu me estabeleci nesse mercado, mas pela seriedade e compromisso com o consumidor. Na internet tem muito aventureiro. Quem quiser se dar bem tem de ser profissional", diz ela, que começou com investimento de R$ 10 mil e hoje tem 15 mil clientes cadastrados para compras.

Jovens - O site Pink Gloss também encontrou seu espaço. Fundado há três anos pela então estudante de economia Fabianne Alves de Almeida, hoje com 25 anos, e pelo profissional da área de tecnologia da informação Vitor Zaninotto, de 29 anos, a loja virtual se especializou em vender maquiagem, mais especificamente estojos e kits para consumidores e profissionais. "Atendemos um público jovem, fomos os primeiros a trabalhar com essas paletas de maquiagem, como de sombras e batons", relata o sócio.

A ideia deu tão certo que a pequena empresa estuda lançar produto próprio. "Faz parte do nosso projeto de expansão. Temos bons fornecedores e um trabalho de marketing ativo com blogueiras de grande visibilidade na internet. A demanda está cada vez maior", afirma Zaninotto.

Para quem quer empreender na internet, não basta abrir o site e lucrar no fim do mês.  preciso dedicação e conhecimento. "Tem de estudar. Fui atrás de um curso de e-commerce. Não é fácil no começo, as pessoas esperam ser atendidas em 24 horas, já recebi ligação até de madrugada", conta Juliana de Almeida. "Mas o retorno é bom quando se tem comprometimento. Na internet, a inadimplência é quase zero, pois o consumidor paga antes de receber", comenta.

Sinelli, do Sebrae, explica que não é porque não há gasto com ponto fixo que investir em um site de vendas é mais barato e fácil. "Tem de pensar na logística e no frete, que é o essencial nesse negócio. Segurança dos dados dos consumidores e estoque também."



Veículo: Diário do Comércio - MG


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