Às vésperas do Natal e da Copa de 2014, a Samsung já arregaçou as mangas para reforçar a marca no Brasil. Uma das líderes no segmento de televisores, a coreana acaba de trazer ao País três modelos com tecnologia ultra-HD, com resolução quatro vezes superior à dos aparelhos full-HD, até então os mais avançados disponíveis ao consumidor. Mesmo com um número restrito de aparelhos para um público de alto poder aquisitivo, a empresa aproveita para mostrar todo seu poder tecnológico. O maior dos televisores tem 85 polegadas e só 25 unidades serão vendidas no Brasil, por R$ 100 mil cada.
"O DNA da Samsung é inovação. E, se existe uma tecnologia, queremos ser os primeiros a oferecer ao consumidor", afirmou ao DCI o vice-presidente de eletrônicos ao consumidor da Samsung do Brasil, Silvio Stagni. O lançamento dos aparelhos é parte da estratégia global da companhia. "Temos trazido inovações no mercado de eletroeletrônicos constantemente. Reflexo disso é que nossa marca é a nona marca mais valiosa do mundo", afirma.
Segundo o executivo, hoje há no mercado TVs full-HD e esta, ultra-HD, é a próxima tecnologia. "As telas com definição mais alta devem demorar cerca de dois anos para atingir um volume de produção mais elevado, e consequentemente preço mais acessível para a massa de consumidores. As versões de 55 e 65 polegadas devem custar, respectivamente, em torno de R$ 13 e R$ 23 mil", explica Stagni, citando o período de evolução da tecnologia de televisores. "As telas LCD, que já estiveram em alta, respondendo por 50% do mercado, neste ano, praticamente, desapareceram."
Como ainda não existe fonte de sinal com qualidade equivalente à dos novos televisores, a Samsung projetou um acessório chamado de kit de evolução, que pode ser acoplado à TV e que atualiza tanto o software quanto o hardware do sistema. "O kit permite que a TV não se torne obsoleta", diz. O preço do dispositivo é estimado em R$ 1.000. O número limitado de televisores deve-se às dificuldades de produção. "E como o mercado das TVs UHD ainda é embrionário, não há estimativa de vendas."
Para Carlos Ferreirinha, diretor da consultoria MCF e especialista no mercado de luxo, a estratégia de produzir apenas 25 unidades é um exercício do recurso de "exclusividade" e faz parte do apelo do produto, que será restrito a poucos consumidores. "O Brasil tem liderado o crescimento de milionários. Ano passado foram 19 a mais por dia." Segundo ele, o mercado de luxo nacional está amadurecendo.
Veículo: DCI