São Paulo - O mercado de e-commerce segue rumo à maturidade. Segundo estudo divulgado pelo PayPal Brasil, os sites de vendas de grande visitação - que recebem mais de 500 mil visitantes por mês - já representam 14,77% do tráfego total.
Se em 2016, esses sites tinham participação de apenas 0,76%, a ascensão à casa de 14,77% indica um futuro próspero para o setor. A pesquisa do PayPal Brasil, encomendada à BigData Corp, indica que o boom dos portais de grande visitação é explicado pelo crescimento do uso das chamadas mídias sociais alternativas. Plataformas como Instagram e YouTube são exemplos desta tendência: cada vez mais os e-commerces estão usando tais métodos para divulgar seus produtos; seja por canais próprios ou por intermédio de 'influenciadores digitais'.
"Vários indicadores apontam para uma nova fase do e-commerce brasileiro. Se em 2016, 13,46% dos portais de vendas virtuais também possuíam lojas físicas, esse percentual caiu para 4,93% em 2017. Em outra frente, percebemos que o Instagram é a nova tendência das lojas on-line. Essa mídia social viu sua participação crescer 36% no último ano", analisa o CEO da Big Data Corp, Thoran Rodrigues.
Canais alternativos
Outro ponto mencionado pelo estudo é o crescimento dos canais alternativos de pesquisa de preços, especialmente com o advento de marketplaces on-line. Neles, os consumidores podem visualizar outras lojas e, gostando das ofertas, acabam acessando esses e-commerces diretamente.
Seguindo a linha dos portais de vendas de grande visitação, outro nicho que viu avanço na representatividade do mercado é formado pelos sites de média visitação (que contam entre 10 mil e 500 mil visitantes por mês). Eles passaram de 6,61% em 2016 para 8,51% neste ano. Já os pequenos e-commerces reduziram o market share para a marca de 76,72% no Brasil, uma queda de 17,18% em relação aos números do ano anterior.
Os e-commerces responsivos (aqueles que se adaptam a qualquer tela, seja um desktop ou um smartphone) já representam 24,20% do total - no ano passado, esse índice era de 16,12%. Além disso, 3,47% deles já contam com aplicativos de vendas mobile, o que amplia a experiência do consumidor e abre a possibilidade de inúmeros recursos durante a compra - em 2016, os sites com aplicativos eram 0,27%. Visando reconhecer seu consumidor, 70,57% das lojas virtuais já adotam recursos de análise automatizada, como o Google Analytics.
Fonte: DCI São Paulo