2024

“Com 98% de eficiência operacional, setor supermercadista dá novo valor ao tema”, segundo Coronel Araújo Gomes

 

Convidado especial do painel, o secretário de segurança e ordem pública de Florianópolis, coronel Araújo Gomes, declarou que muito do trabalho em segurança feito em seu estado, pode ser aplicado nos supermercados

 

Com a participação especial do secretário de segurança e ordem pública de Florianópolis, coronel Araújo Gomes, o Fórum de Eficiência Operacional, realizado na última terça-feira, 9, apresentou o tema “Desvio operacional: uma abordagem com foco na eficiência sob a ótica da segurança pública”.

Como parte da programação do Smart Market 2024 promovido pela Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), no Transamérica Expo Center, esse painel contou também com a presença do gerente de segurança patrimonial, prevenção de perdas e inventários da rede Giassi Supermercados e diretor do comitê de eficiência operacional da ABRAS, Ederson Fernandes e do vice-presidente de relações institucionais e administrativo da ABRAS, Marcio Milan, a quem coube a moderação do painel.

O coronel iniciou a sua palestra com um dado da ABRAS, o qual indicava que as perdas no setor supermercadistas registravam algo em torno de 2% do faturamento das empresas.

“Para um setor que faturou R$ 1 trilhão em 2023, retirar 2% relacionados a perdas, é um valor bastante significativo. Estamos falando de um número que pode comprometer a saúde e sustentabilidade de um negócio. A boa notícia é que o setor é 98,13% eficiente e por isso, a partir de agora, a ABRAS está ressignificando o conceito para eficiência operacional”, declarou Araújo Gomes.

O coronel fez elogios sobre como o setor supermercadista sobe ressignificar esse tema. “Eu achei extremamente brilhante, pois vocês multiplicaram os indicadores por menos um, invertendo o sinal. Ao invés de falar dos 2% que não são alcançados, num conceito de perdas, vocês falam dos 98% que são protegidos, num conceito de eficiência. Isso muda a madeira como a gente olha o problema”, comentou o palestrante.

Como paralelo de eficiência, Araújo Gomes, fez uma breve apresentação dos índices de segurança pública do seu estado, Santa Catarina, e retratou o trabalho que foi feito para a diminuição de crimes naquela região. “Temos a nota máxima em segurança desde 2019, segundo o ranking de eficiência dos estados, a CLP”.

Para o palestrante, muito do trabalho que foi realizado em seu estado com relação a segurança pública, pode ser aplicado também na eficiência operacional dos supermercados. “Na questão dos desvios operacionais, a gente compartilha a importância de utilizar a teoria do triângulo do crime. Lembrar que o crime só acontece quando três coisas se encontram: um ambiente favorável, alvo desejado e vulnerável e agente agressor”, disse o coronel.

Nos dias de hoje, o uso de recursos tecnológicos em segurança é fundamental e em Santa Catarina foram adotados diversos modelos. Um dos exemplos citados foi a tecnologia que gera consciência situacional, controle sobre o território e as dinâmicas a serem protegidas, tais como, câmeras, drones, sensores, detectores, monitoramento de ciberespaço.

“A capacidade de ter sensores monitorando o comportamento das pessoas, já é trabalhado na área de marketing de muitas empresas, mas ainda não são intensamente utilizadas na área de segurança. Se a gente consegue saber que uma pessoa que está entrando no supermercado para comprar fraldas ou cerveja e nós posicionamos as gôndolas com base nisso, será que com a mesma tecnologia, também não pode ser aplicada para saber se uma pessoa entrou na loja para comprar ou furtar?”, provocou o coronel.

Outro eixo abordado pelo palestrante e que é possível de ser adotado é a participação do cidadão no apoio a segurança do varejo através de aplicativos, totens de contribuição e canais que permitam indicar fragilidade, acabam tendo um papel fundamental.

Questionado por Ederson Fernandes, integrante da ABRAS e da rede Giassi Supermercados, sobre o uso de câmeras corporais por parte do setor de segurança, em ambientes de varejo, o coronel palestrante entende que esse tipo de equipamento possui duas funções bastante específica e efetiva quando empregada no varejo, assim como no serviço público. Proteção contra falsa acusações e proteção jurídica.

“Elas protegem tanto a empresa, quanto o colaborador contra falsas acusações. Muitas vezes, na ausência de um esforço de documentar pela própria empresa, com medo de produzir provas contra si, a empresa e o colaborador, ficam à mercê de terceiros, porque todos acabam filmando”, finalizou o coronel Araújo Gomes.

Confira em breve toda a cobertura de como foi o painel e o que foi discutido na próxima edição da SuperHiper.

 

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