Cade autoriza AmBev a usar fábrica da Cerpa no Pará

Leia em 2min

Em sessão rápida realizada ontem, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou por unanimidade e sem restrições a utilização do uso da capacidade ociosa da unidade da cervejaria Cerpa do Pará pela AmBev para a industrialização de produtos por 12 meses.

 

A Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda, a Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça e a Procuradoria do Cade já haviam emitido parecer favorável ao negócio, alegando que a operação não envolve a compra de ativos ou marcas.

 

O relator do processo, conselheiro Carlos Ragazzo, salientou que o acordo envolve apenas uma parcela específica da produção, que se aproxima de metade do potencial total da atividade da companhia. Além disso, ao consultar as concorrentes Schincariol, Kaiser e Petrópolis, identificou que as empresas não possuem unidades fabris na região. Ele identificou também que a Schincariol pretende investir no estado. "Apesar destes dados, a Schincariol pediu impugnação, pois a AmBev estaria impedindo a entrada de concorrentes. A Kaiser também questionou impedimentos competitivos", disse.

 

Ragazzo avaliou, no entanto, que não se pode falar em prejuízo à concorrência, pois, assim como já haviam salientado as secretarias, a operação envolve apenas capacidade ociosa e não transferência de ativos. "Além disso, a vigência do contrato é muito curta", disse.

 

O plenário do Cade, presidido interinamente pelo conselheiro Fernando Furlan, aprovou também a inclusão da Alitalia na joint venture formada pela Delta Airlines, Air France e KLM, para a exploração de rotas aéreas internacionais.

 

O colegiado ratificou a posição de que a operação não representa riscos à concorrência porque existem várias possibilidades de conexões de voos internacionais com origem no Brasil e que têm como destino países da Europa e a América do Norte. O Cade arquivou uma averiguação solicitada pelo Ministério Público da Paraíba contra a suposta prática de cartel por postos de combustíveis daquele estado.

 

Próxima sessão

 

A próxima sessão do Cade promete ser agitada. O conselheiro Vinícius Carvalho disse que vai trazer o caso envolvendo mais uma vez a Votorantim Cimentos e a Aguaçu, empresa inoperante desde 2009, que produzia e vendia brita. Também deve ser apreciado o caso Cosanpar e Shell. A última sessão de 2010 será realizada na próxima quarta-feira.

 

Veículo: DCI


Veja também

Cade aprova acordo que permite à Ambev usar fábrica da Cerpa

Concorrência: Schincariol e Kaiser haviam pedido veto ao negócio entre as duas cervejarias   O Conse...

Veja mais
Vinhos: Avanço da importação e pulverização do setor marcaram 2010

Surgimento de novas importadoras elevou o número de rótulos avaliados e 'democratizou' a relaç&atil...

Veja mais
Miolo projeta venda 20% maior

A procura por espumantes nacionais e a ampliação do portfólio iniciada há três anos e ...

Veja mais
Cereser diversifica com ice e refrigerante

A mais tradicional fabricante de sidra do País, a Cereser, sediada em Jundiaí, no interior paulista, est&a...

Veja mais
The Famous Grouse mira o Brasil

Nas redes Pão de Açúcar e Extra, para celebrar os 30 anos como o whisky The Famous Grouse, consider...

Veja mais
Venda de espumante bate recorde neste ano

Bebidas: Brasileiro já não compra apenas no fim do ano e volume em 2010 deve chegar a 13 milhões de...

Veja mais
Indústria faz corrida por cerveja "premium"

Impulsionado pelo aumento do poder aquisitivo do brasileiro, o mercado cervejeiro se anima para investir na produç...

Veja mais
AmBev aposta no consumo do norte e nordeste

Além da Companhia Brasileira de Bebidas Premium (CBBP) , também a gigante AmBev vê no nordeste brasi...

Veja mais
Baixo consumo de suco preocupa setor

Produtores de laranja e indústrias também estão preocupados com a alta dos custos e a queda nas exp...

Veja mais