Blanc de Noir prevê crescer 100%

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Única importadora mineira de vinhos de garagem completa um ano.


Garimpar vinhos. É assim que as empresárias Michelle Deslandes Ribas e Raquel Batista Araujo definem seu trabalho na importadora Blanc de Noir, a primeira e única em Minas Gerais especializada nos vinhos de garagem, bebidas de produções restritas, de alta qualidade e que fazem frente às grandes marcas. A empresa acaba de completar um ano e já é sucesso entre os restaurantes da capital mineira e, também, entre os apreciadores da bebida. Neste curto período, a Blanc de Noir já vende suas preciosidades para mais de 30 restaurantes de Belo Horizonte, além de pessoas físicas pelo Brasil inteiro, que podem fazer suas compras pela loja virtual. O faturamento ultrapassa a casa dos R$ 20 mil mensais e a expectativa é de que até o final de 2011 este valor dobre.

"Somos uma empresa que representa os pequenos produtores, que fazem vinhos de altíssima qualidade. Nossa intenção nunca foi disputar com as grandes importadoras, afinal, também somos clientes delas. Para ficarmos no mercado e nos destacarmos, nos debruçamos durante meses em cima do projeto da empresa, que oferece hoje atendimento personalizado e bebidas que são verdadeiros tesouros", garante Raquel Araujo, uma das diretoras da Blanc de Noir.

Ela afirma ainda que o perfil de consumo de vinho no Brasil tem se apurado cada vez mais, fazendo com que o cliente final busque novidades no mercado. Atualmente a Blanc de Noir conta com 31 rótulos argentinos e franceses, sendo que 23 deles são vendidos exclusivamente no Brasil pela importadora. Diferente do que muitos pensam, os vinhos de garagem não são sinônimos de preços exorbitantes, há opções para todos os bolsos. Na Blanc de Noir os preços variam entre R$ 55 a R$ 1.500 a garrafa.


Diferencial - Além do atendimento personalizado e dos rótulos limitados, a Blanc de Noir investe pesado no transporte dos vinhos. A importadora é uma das raras no Brasil que traz 100% das bebidas em container refrigerado. A temperatura dos vinhos é constante do pátio da vinícola até a adega, localizada em Belo Horizonte.

"Como lidamos com pequenas produções, não podemos nos dar o luxo de ter nossos vinhos ‘cozinhando’ no Atlântico e em pátios de portos até que toda a documentação, fiscalização e selagem estejam prontas. Assim, preferimos optar por um transporte refrigerado, evitando possíveis problemas de qualidade", explica Raquel Araujo.

A diretora da Blanc de Noir destaca que não abre mão deste diferencial, apesar das dificuldades de transporte. "Além de não ter empresas de transporte refrigerado para vinhos especificamente, os custos são altíssimos. Uma demurrage (diária) de um container normal, por exemplo, é uma média de US$ 30, enquanto que a de um refrigerado é de US$ 130", completa.

A última importação da empresa foi de 2 mil garrafas, o que representou um valor de R$ 450 mil. As negociações para a próxima já começaram a ser feitas e será maior, com novos rótulos da Itália, Espanha e Portugal.

Modalidade - O termo "vinhos de garagem" surgiu na França, no final dos anos 1980, quando os vinicultores e comerciantes insatisfeitos com o rumo do mercado começaram a produzir as primeiras bebidas do gênero. Entre os garagistas famosos, se destaca o pioneiro argelino Jean-Luc Thunevin, que inspirou muitos outros produtores em Bordeaux e ao redor do mundo. Trabalhando em adegas próprias, esses pequenos produtores possuem vinhedos de baixo rendimento voltados à produção de frutos com maturidade máxima. A nova tendência tem ganhado força no mundo inteiro e, no Brasil, os apaixonados pela bebida têm contado, cada vez mais, com outras opções de rótulos.


Veículo: Diário do Comércio - MG


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