A venda de cachaça diminuiu nos últimos anos no Brasil, mas, mesmo assim, ela avança nas classes A e B. De olho nesse mercado mais sofisticado, o Grupo Tatuzinho, produtor da Velho Barreiro, aposta em produtos de maior valor agregado e projeta para 2012 crescimento entre 8% e 10% em seu faturamento e 6% na produção.
Segundo o presidente do grupo, César Rosa, nos últimos cinco anos o mercado de cachaça passou por uma redução de 10% em volume de vendas. Isso se explicaria por uma queda geral no consumo de bebidas de alto teor alcoólico e pela melhora econômica das classes C, D e , principais consumidoras da bebida, que passam a procurar outros destilados.
No entanto, as classes A e B, antes avessas à "branquinha", hoje são responsáveis por 10% das vendas. Em dez anos, os mais ricos passaram de um consumo de 8 para 80 milhões de litros por ano, segundo o executivo. Além de tentar avançar sobre o segmento de maior poder aquisitivo, os produtores da bebida brigam no âmbito da Organização Mundial do Comércio para que a denominação de origem da cachaça seja brasileira, a exemplo do champagne francês. A expectativa é, com isso, impulsionar a exportação do destilado, que hoje não chega a 1% da produção nacional.
O Grupo Tatuzinho, há 16 anos no mercado, é o segundo maior do segmento, atrás da Companhia Muller, produtora da 51. Em dez anos, a empresa passou de 18% para 33% do market share, elevando sua produção de 30 para 65 milhões de litros por ano. Em 2011, o faturamento do grupo cresceu 15% em relação ao ano anterior, devendo superar R$ 190 milhões. Como parte da estratégia de agregar valor à bebida, o grupo lança uma edição especial, a Velho Barreiro Diamond, produzida numa série de 60 unidades, com embalagem cravejada por 212 pedras preciosas, ao custo de R$ 212 mil por garrafa.
Veículo: DCI