Lucro da Ambev cresce 17,3% no quarto trimestre

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SÃO PAULO - A Ambev encerrou o quarto trimestre do ano passado com lucro líquido de R$ 3,03 bilhões, o que configura um avanço de 17,3% em relação ao mesmo período de 2010, quando a companhia reportou ganho de R$ 2,58 bilhões.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) totalizou R$ 4,5 bilhões, 19,6% superior ao resultado apurado um ano antes. A margem Ebitda evoluiu de 50,4% para 53,6%.

No período, a receita líquida da companhia cresceu 12,4% na mesma base de comparação e alcançou R$ 8,37 bilhões. O avanço foi reflexo principalmente do aumento de preços, que foi parcialmente compensado por maiores impostos, resultando num crescimento na receita por hectolitro de 10,6% no trimestre.

No Brasil, o volume de cerveja aumentou 0,9% no período na esteira do do crescimento da indústria, mas sofreu impacto da perda de participação de mercado após aumentos de preço. Já o volume de refrigerantes e não–alcoólicos encolheu 0,7%, segundo a empresa, devido à contração da indústria.

O custo dos produtos vendidos (CPV) por hectolitro cresceu 4,4% no quarto trimestre, impulsionado pelos maiores custos de matérias-primas e embalagens, enquanto as despesas com vendas, gerais e administrativas aumentaram em 7,2% por conta da inflação e de maiores custos logísticos.

2011

No ano passado, o lucro líquido da companhia alcançou R$ 8,64 bilhões, o que representa um avanço de 14,3% em relação ao resultado de 2010. O Ebitda totalizou R$ 13,16 bilhões, com aumento de 13,6% na passagem anual, e a receita líquida acumulada apresentou crescimento de 7,5%, atingindo R$ 27,12 bilhões.

“No geral, após dois anos de forte crescimento de volume, em 2011 alcançamos um crescimento de dois dígitos de Ebitda, apesar de uma indústria mais fraca. Também obtivemos uma significativa expansão de margem devido à implementação com sucesso de nossa estratégia de preços, combinada com uma melhor gestão de custos em nossas operações”, comentou o diretor geral da companhia, João Castro Neves, em nota que acompanha o balanço.


Veículo: Valor Econômico


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