AmBev planeja lançar bares em todo o país

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A AmBev, braço latino-americano da Anheuser-Busch InBev, maior cervejaria do mundo em vendas, estuda o lançamento de bares em todo o Brasil para reforçar as vendas de marcas como Brahma e Skol, entre outras cervejas. O movimento - parecido com uma franquia, pelo qual os bares seriam dirigidos por terceiros, com a AmBev fornecendo marketing, treinamento e material básico - ilustra os esforços dos fabricantes de bens com marcas conhecidas para vender seus produtos à crescente classe média no Brasil.

O país está entre os três maiores mercados globais em uma série de produtos, de ração para animais a cuidados com a pele, e a expectativa é que as vendas desses itens continuem a crescer à medida que milhões de brasileiros ingressam na classe média. Conquistá-los, porém, pode ser difícil, já que há raras lojas nas partes mais remotas do país, o que provoca uma forte dependência das vendas diretas.

Essa não é, porém, uma opção para os fabricantes de bebidas alcoólicas, que, em vez disso, estão usando outros métodos. A AmBev começou com o Nosso Bar na cidade de São Paulo no ano passado. Se for bem-sucedida, a iniciativa será lançada em âmbito nacional, disse Nelson Jamel, principal executivo financeiro da companhia, ao "Financial Times".

Ele disse que o plano teve início depois de a cervejaria perceber que bares abertos em áreas mais remotas fecharam rapidamente em meio a uma enxurrada de críticas. Os consumidores reclamaram que os bares eram sujos; tinham refrigeradores ineficientes, que deixavam a bebida quente - e até que as TVs ficavam ligadas em canais que mostravam os times de futebol "errados".

Empresários interessados em uma franquia do Nosso Bar precisam ter entre R$ 30 mil e R$ 50 mil para abrir o negócio. A AmBev vai dar consultoria sobre localização, fornecer treinamento e manuais. "A página um [estipula] que o bar deve ter dois banheiros, masculino e feminino", disse Jamel.

A AmBev não está sozinha na estratégia de bares de marca. A Diageo, que em maio anunciou que pagaria US$ 450 milhões pela Ypióca, fabricante de cachaça, herdou uma cadeia de mais de 100 bares como parte da aquisição



Veículo: Valor Econômico


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