Micro cervejaria do interior de São Paulo abre seu primeiro bar em São Paulo e prepara inauguração no Rio de Janeiro, para 2014.
Maior interesse do consumidor por informações fomenta eventos voltados para esse mercado
O mercado brasileiro de cervejas especiais ganha novos contornos.
Além da crescente fabricação de novas marcas no país movimento que está despertando o interesse de concorrentes de maior porte e trazendo eventos internacionais do segmento para cá háquem esteja disposto a se aventurar também no varejo. É o caso da cervejaria Karavelle, com sede em Indaiatuba, interior de São Paulo, e que abre hoje o Karavelle Brewpub, com investimentos de R$ 3 milhões. O bar, no bairro dos Jardins, na capital paulista, terá uma produção local da cerveja. A próxima parada será no Rio de Janeiro.
“As cervejas especiais serão servidas diretamente dos seis tanques existentes no local. Vamos ter cervejas com produção limitada somente para o bar. Chegaremos ao Rio no início do ano que vem.
Estamos procurando o ponto”, comenta Dinho Diniz, um dos sócios da empresa.
Otávio Veiga, o outro sócio da empresa, que também tem como parceiro o cantor e ator Seu Jorge, diz que a estimativa de vendas para esse ano chega a R$ 13 milhões
“A projeção para 2014, pelas ações que estamos implementando, nos possibilitará atingir R$ 30 milhões de faturamento”, calcula.
De acordo com a Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), existem no país cerca de 200 micro cervejarias, concentradas principalmente nas regiões sul e sudeste do Brasil, que representam 0,15% do market share do setor cervejeiro nacional. Estas empresas respondem por 5% do faturamento total do segmento, estimado em R$ 39,6 bilhões em 2012, e busca conquistar 20% do mercado até 2015.
Com o aumento na procura de cervejas especiais pelo consumidor brasileiro, o mercado de eventos voltados para esse segmento floresce. No Rio de Janeiro acontecem
dois festivais que pretendem mostrar as novidades do setor. O Beer
Experience desembarca na estação Leopoldina, no centro da cidade. O evento reunirá, hoje e amanhã, cerca de 30 micro cervejarias, empórios e importadoras, unindo música e a apresentação de produtos e serviços para o setor.
Outro evento voltado para o setor é o Mondial de La Biére, que acontece de 14 a 17 de novembro, também no Centro do Rio. São 60 cervejarias e mais de 400 rótulos.
O festival acontece pela primeira vez no Brasil e teve investimentos de R$ 5 milhões.
“É um evento que é realizado há 20 anos no Canadá e na França.
Com o interesse do consumidor final pelas cervejas especiais, decidimos criar a versão brasileira. Esperamos um público de 20 mil pessoas”, diz Victor Montenegro, diretor de Negócios do Mondial de La Biére pela Fagga Eventos.
AmBev traz nova cerveja e 200 amplia presença no mercado
A gigante AmBev está trazendo para o Brasil a cerveja Hertog Jan Dubbel, marca holandesa que será vendida apenas no e-commerce da companhia, nas versões Dubbel, Tripel e Grand Prestige. O nome Hertorg significa duque em holandês, uma homenagem ao Duque D. João I de Brabante, considerado o Rei da Cerveja naquele país.
O produto terá preço final ao consumidor em torno de R$ 30. A ampliação do portfólio de cervejas premium é uma das grandes apostas da Ambev. Hoje, as marcas premium representam 6% do total de cervejas vendidas pela companhia e a meta é chegar a 8% em 2014.
AAmBev considera como parte de seu segmento premium toda a linha de cervejas da família Bohemia, além das marcas Budweiser, Stella Artois, Serramalte e Original .
A fabricante conta também com a importação de rótulos das unidades da Ambev no exterior, como a belga Leffe, a Argentina Quilmes e a uruguaia Norteña.
Até o momento, são 15 marcas importadas para o Brasil. E, de acordo com a empresa, é na importação onde há maior potencial de crescimento.
O mercado brasileiro de cerveja alcançou em setembro a produção de 1,124 bilhão de litros no mês de setembro. O recuo foi de 3,7% ante o mesmo mês do ano passado, segundo os dados do Sistema de Controle de Produção de Bebidas (Sicobe), da Receita Federal.
De acordo com analistas, o cenário demonstra um final de ano de recuperação mais lenta para o mercado e para a líder do setor, a AmBev.
Veículo: Brasil Econômico