Suínos também tiveram bom desempenho, batendo o recorde histórico. Já os bovinos amargaram retração de 1,7% nos abates durante o período
O País abateu número recorde de frangos e de suínos no terceiro trimestre de 2011, segundo a Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De julho a setembro, o abate de frangos alcançou 1,347 bilhão de cabeças, um crescimento de 2,8% em relação ao trimestre imediatamente anterior, e uma alta de 5% em relação ao 3° trimestre de 2010, desempenho que alcança novo nível histórico na série trimestral do abate de frangos. Já o setor de bovinos apresentou queda de 1,7% em relação a 2010, embora tenha crescido 5,6% na comparação com o segundo trimestre do ano.
O abate de suínos também atingiu recorde histórico, de 9,065 milhões de cabeças, um aumento de 5,2% em relação ao trimestre imediatamente anterior e de 9,1% em relação ao 3° trimestre de 2010. Em relação aos bovinos, foram abatidos 7,284 milhões de cabeças de gado.
O peso acumulado das carcaças de frango abatidas no terceiro trimestre do ano foi de 2,925 milhões de toneladas. O montante foi 2,2% superior ao registrado no 2° trimestre de 2011, e 5,0% maior que o resultado do terceiro trimestre de 2010, segundo a pesquisa. Os três estados do sul do Brasil respondem por 59,1% do abate nacional de frangos.
No terceiro trimestre, foi abatido 1,347 bilhão de cabeças de frangos, um aumento de 2,8% em relação ao trimestre anterior e de 5,0% em relação ao terceiro trimestre do ano passado. Dos cerca de 37 milhões de frangos abatidos a mais em todo o País na passagem entre o segundo e o terceiro trimestre, mais de 24 milhões ocorreram no Paraná. A Região Sudeste teve uma participação de 21,4% no volume abatido no País. Minas Gerais registrou recuo do abate, com 11 milhões de cabeças abatidas a menos, levando a uma redução de 1% da participação da Região Sudeste no total nacional.
Participaram da pesquisa de abate de frangos 424 informantes. Roraima, Amapá, Maranhão e Rio Grande do Norte são as únicas unidades da Federação que não possuem registro do abate de frangos sob algum tipo de inspeção sanitária.
Suínos
O abate de suínos gerou uma produção de 876.742 mil toneladas de carcaças no País no terceiro trimestre, um aumento de 6,3% em relação ao segundo trimestre, e uma alta de 9,7% ante o terceiro trimestre do ano passado, informa o IBGE. No terceiro trimestre, foram abatidas 9,065 milhões de cabeças de suínos, um aumento de 5,2% em relação ao trimestre anterior e de 9,1% em relação ao terceiro trimestre de 2010. A Região Sul respondeu por 66,5% de todo o abate nacional de suínos.
Santa Catarina abateu 25,4% do total nacional, Paraná foi responsável por um montante de 20,7%, e Rio Grande do Sul ficou com uma fatia de 20,4%. Todos os estados das Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste apresentaram aumento do abate de suínos.
Bovinos em queda
O peso acumulado de carcaças bovinas alcançou 1,742 milhão de toneladas no terceiro trimestre do ano. O volume foi 5,6% superior ao registrado no trimestre anterior, mas 1,7% menor que o verificado no terceiro trimestre de 2010 segundo o IBGE.
Os animais abatidos no terceiro trimestre foram, em média, mais pesados (239 kg por carcaça) do que os abatidos no segundo trimestre (234 kg por carcaça). O peso foi similar ao dos animais abatidos no mesmo período do ano anterior (239 kg por carcaça). O abate de bois teve alta de 13,0%, enquanto o de vacas caiu 9,5%, em relação ao trimestre anterior. Contudo, o volume abatido de vacas aumentou 12,7% em relação ao do terceiro trimestre de 2010.
O Mato Grosso teve crescimento de 17,2% no abate de bovinos, ampliando sua liderança no ranking nacional, com 16,8% do total. Em seguida, figuram na lista São Paulo (11,3%), Mato Grosso do Sul (10,5%), Goiás (9,7%) e Minas Gerais (7,5%). A Região Centro-Oeste teve uma participação de 37,2% no abate de bovinos, seguida pelas Regiões Sudeste (20,4%), Norte (20%), Sul (11,5%) e Nordeste (10,9%).
Leite
A aquisição de leite cru alcançou 5,307 bilhões de litros no terceiro trimestre, um aumento de 2,2% sobre o mesmo trimestre de 2010 e de 4,8% sobre o segundo trimestre de 2011. A Região Sudeste ficou com 40,1% da aquisição do produto, seguida pela Região Sul, com uma fatia de 36,9%, e pela Centro-Oeste, com uma participação de 12,2%.
Minas Gerais foi o estado com as maiores compras de leite cru destinado à industrialização, um montante de 25,1%, seguido pelo Rio Grande do Sul, com 16,4%, e São Paulo, com 12,3%.
Veículo: DCI