Jequiti abre primeira fábrica no país em 2013

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Cosméticos: Empresa do Grupo SS terá três centros de distribuição até 2012

 


A Jequiti, empresa de cosméticos do Grupo Silvio Santos, vai reduzir drasticamente o volume de produção terceirizada e deve inaugurar a sua primeira fábrica no país em janeiro de 2013. Será o maior investimento do grupo - entre R$ 60 milhões e R$ 80 milhões - desde a entrada da empresa na área de venda direta de cosméticos, em 2006.

 

A unidade ficará instalada em um terreno de 100 mil metros quadrados que pertence ao grupo, na Rodovia Anhanguera, em São Paulo, próximo à sede da rede de televisão SBT. Esse espaço irá reunir também um novo centro de distribuição de atuação nacional.

 

O projeto será analisado pelo empresário Silvio Santos nos próximos meses e deve ser aprovado. "A terceirização não comporta mais nosso crescimento", disse Lázaro do Carmo Júnior, diretor-geral da Jequiti. "A nova unidade fabril deve atender 70% da nossa demanda". Apenas as linhas de maquiagem e de sabonetes devem continuar a ser fabricadas por companhias terceirizadas. As linhas de cremes, perfumes, produtos para cabelo e desodorantes (áreas que somam 40 marcas) serão produzidas na unidade.

 

"Temos diferentes projetos para a fábrica em termos de tamanho e capacidade produtiva. A escolha caberá aos controladores", disse o executivo, que espera a aprovação do investimento para divulgar mais detalhes.

 

A Jequiti ainda se prepara para abrir três novos centros de distribuição, além daquele a ser inaugurado na sede em São Paulo. O primeiro começa a operar no início de 2011, em Porto Alegre (RS), outro deve funcionar em Maceió (AL) no mesmo ano e um terceiro centro poderá ficar em Belém (PA) ou no Estado de Goiás. Com esses investimentos, que somados podem ultrapassar R$ 100 milhões, a concorrente direta de Natura e Avon busca ganhos de eficiência, com possível queda no prazo de entrega de produtos ao cliente.

 

Essa questão, inclusive, tem feito as empresas do setor se mexerem. Avon e Natura devem inaugurar neste ano novos centros de distribuição pelo país. "Nesse processo de investimentos, uma empresa sempre puxa a outra. Ninguém quer perder venda e ficar para trás pois sabem que esse setor continuará crescendo", diz Eugenio Foganholo, sócio da Mixxer Consultoria.

 

Para 2010, a Jequiti prevê faturar R$ 400 milhões, frente aos R$ 208 milhões no ano anterior. No primeiro semestre, a companhia registrou expansão de 140% nas vendas, sendo que de janeiro a março, o setor de vendas diretas cresceu 19%, informa a associação do setor. O fato de a empresa ter uma base de comparação menor que a das concorrentes tende a puxar o resultado para cima. Mas só isso não explica os resultados.

 

A companhia ampliou lançamentos em 2010, contratou mais consultoras e lançou ferramentas para subsidiar as compras. Cinquenta mil consultoras da marca começaram a receber em casa cartões com a bandeira Visa e do banco Panamericano na semana passada. As revendedoras poderão usar o cartão para pagar os produtos em até 61 dias. Ou seja, o consumidor quita a compra ao receber o produto (o que ocorre em até três semanas) e a revendedora pode usar o cartão para pagar a Jequiti num prazo maior. Atualmente, são 149 mil consultoras da empresa no país e o número tem crescido entre 10 mil a 12 mil por mês.
 


Veículo: Valor Econômico


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