BTG compra farmácias no Nordeste e associa-se à rede no Centro-Oeste

Leia em 2min 10s

Um novo modelo de negócios começa a ser aplicado pelo braço de varejo farmacêutico do BTG Pactual. A Brazil Pharma, que reúne ativos do banco nesse segmento, acaba de se tornar sócia da rede Rosário Distrital, dona de 80 lojas no Distrito Federal e na região do entorno de Brasília.

 

Diferentemente dos negócios fechados até agora (aquisição de 100% da Farmais e de 16 pontos da Farmácia dos Pobres em Pernambuco), a Brazil Pharma será minoritária, com uma fatia de 40% da operação no Centro-Oeste.

 

Segundo o presidente da Brazil Pharma, André Sá, o modelo de sociedade deve ser buscado pela empresa nas próximas operações. "Não é possível contratar bons executivos nessa área, mas sim se tornar sócio deles", diz Sá. "Queremos redes com sócios conhecedores do mix da região e dos melhores pontos, para continuarem no negócio", afirma.

 

Esse modelo foi tentado com a Poupafarma, de Santos (SP). Enquanto negociava com o BTG em 2009, a rede santista adquiriu 16 pontos da Farmácia dos Pobres em Recife. O plano era vender toda a rede, que incluía as suas 50 lojas no Estado de São Paulo. "Iríamos ficar com 43% da Poupafarma, enquanto o BTG seria majoritário, com os demais 57%", diz Walter Geraigire, diretor da Poupafarma. "Mas aí o BTG adquiriu outros 16 pontos da Farmácia dos Pobres e nossa participação no negócio cairia para 20%", afirma Geraigire, que continuaria tocando toda a operação.

 

Além disso, segundo o empresário, o montante oferecido pelo banco pela rede no Sudeste não foi interessante. "Há cerca de um mês, vendemos apenas os nossos pontos da Farmácia dos Pobres", diz.

 

Já para a Rosário Distrital, a oferta feita pela Brazil Pharma foi ideal. "A rede já estava sendo assediada há um ano, mas não queríamos deixar o negócio", diz o sócio, Álvaro Silveira Júnior, 41 anos. A rede Rosário, fundada pela família Silveira em 1975, tinha 42 lojas quando se uniu, em 2009, à rede Distrital, da família Faria, dona de 11 pontos. Juntas, elas adquiriram a Drogaria Santa Marta, com 19 lojas. Até o fim do ano serão 87 lojas, inclusive em Goiás, e vendas de R$ 360 milhões. O capital do novo sócio será usado para abrir 30 pontos e chegar a R$ 600 milhões em faturamento até o fim de 2012. Com as novas operações, a Brazil Pharma quer encerrar 2010 com 510 lojas e R$ 1,3 bilhão em vendas.
 

 

Veículo: Valor Econômico

 


Veja também

Linha Gourmet

Há 85 anos, a Vilma Alimentos começou a produzir massas para macarrão. Nessa trajetória, inc...

Veja mais
Hortifrúti tem preço menor em julho

Vegetais atingem a melhor média do ano, influenciada por aumento da oferta e férias escolares   Os ...

Veja mais
Produtor e indústria discutem fórmula para preço da laranja

Começa hoje mais uma rodada de negociação entre produtores e indústrias processadoras de lar...

Veja mais
Jequiti abre primeira fábrica no país em 2013

Cosméticos: Empresa do Grupo SS terá três centros de distribuição até 2012 &nb...

Veja mais
Produtos vegetais seguem padronização

No Brasil, os movimentos para padronizar produtos vegetais surgiram ainda no século 19. O primeiro padrão ...

Veja mais
Venda de laranja "in natura" segue lenta em São Paulo

A venda de laranja in natura continua lenta nas regiões paulistas, conforme pesquisas do Cepea. Na maioria dessas...

Veja mais
Fabricante abre loja para "educar" consumidor

O mercado informal contiua crescendo e já movimenta quase R$ 600 bilhões, equivalentes a 18,5% do Produto ...

Veja mais
Transporte

Automóveis e pequenos veículos de carga, movidos a gás natural, são comuns nas estradas e ru...

Veja mais
O esmalte virou objeto de culto

Com o surgimento de cores novas, as vendas dispararam e os vidrinhos viraram item de coleção. A culpa toda...

Veja mais