Cesta básica registra o terceiro maior preço do ano

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A cesta básica do Grande ABC segue em escalada de preço. Nesta semana, o consumidor da região já paga R$ 357,67 para encher o carrinho do supermercado. O valor é o terceiro mais alto do ano, perdendo apenas para a primeira e segunda semana de abril. Pesquisa semanal feita pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) aponta que 22 dos 34 produtos que compõem a lista tiveram aumento no período.

 

Feijão, carne, frango e leite - produtos que não costumam faltar no carrinho do consumidor - foram os itens com maior peso no bolso. No entanto, a alta do trigo também prejudica, fazendo com que macarrão, farinha e biscoitos também sofram reajustes na região.

 

"Apesar do panorama, tivemos recuo nos custos do pão. No entanto, essa diminuição do produto é para atrair clientes, porque farinha, bolachas e macarrão subiram bastante", conta o engenheiro agrônomo e autor da pesquisa da Craisa, Fábio Vezza Benedetto.

 

A alta do leite também assusta. Apesar de o aumento desta semana significar apenas R$ 0,05 a mais no custo final, com a chegada da primavera o item devia entrar em redução, no entanto, custa, em média R$ 0,10 a mais do que no mês de agosto, quando o inverno ainda era rígido. "Temos registrado situações atípicas neste ano. Ainda esperamos que o preço reduza, conforme é tendência na primavera, mas não temos como confirmar esse movimento por conta das oscilações que temos notado", avalia Benedetto.

 

Os produtos de hortifruti também estão com os valores nas alturas. Só a batata teve alta de 40% em relação ao preço praticado na semana passada. alface, banana, cebola e laranja também registram variação bem maior do que a média semanal (veja arte abaixo). "Na realidade isso acontece porque são esses produtos que sofrem diretamente com a estiagem."

 

O tempo seco também é considerado pelos varejistas como o culpado pelas altas. Nesta semana, o diretor de economia da Apas (Associação Paulista de Supermercados), Martinho Paiva Moreira, afirmou ao Diário que a expectativa do setor varejista é de que os preços voltem a cair a partir do dia 10.

 

Alta da carne faz com que frango também oscile

 

Com os preços da carne cerca de 6% mais altos nesta semana, o frango também teve o preço alterado. O item sai por cerca de R$ 3,80 o quilo nesta semana contra os R$ 3,64 praticados na anterior, variação de 4,6%.

 

"Isso que acontece com frango é reflexo do valor da carne bovina. Com a alta, as pessoas procuram mais o produto e, como a produção não aumenta, os preços sobem para atender à demanda", explica o engenheiro agrônomo da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), Fábio Vezza Benedetto.

 

A carne bovina também segue em alta. Os consumidores da região precisam desembolsar até R$ 10,16 pela carne de segunda, enquanto que as partes mais nobres não saem por menos de R$ 15,41. "Os valores continuam alto e o pior é que como a procura não cai, não há previsão para que os preços baixem", elucida o engenheiro.

 


Feijão varia até 80% entre supermercados

 

Vilão da cesta básica, o feijão registra oscilação de até 84% entre os supermercados do Grande ABC. De acordo com a pesquisa da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), o item custa entre R4 2,49 e R$ 4,59 nos locais visitados. No entanto, donas de casa da região afirmam que em alguns grupos, o grão já chega à casa dos R$ 7.

 

Para evitar peso maior do que o necessário no bolso, o engenheiro agrônomo da Craisa recomenda que os consumidores pesquisem muito antes de determinar o local de compra. "O feijão foi o produto que registrou a maior diferença nos preços, mas, na maioria dos casos, encontramos oscilação de 30% entre as redes. Isso é muito alto", afirma Benedetto.

 

O feijão preto - possível substituto do grão nesse período de alta - também teve variação de 30% nos valores nas últimas semanas. Assim como no caso do frango, a maior procura fez com que os valores sofressem alteração. "O problema é que o feijão não falta na mesa do consumidor", alerta o engenheiro.

 

Neste ano, o grão chegou a custar R$ 5 e apenas em agosto o valor do feijão voltou à casa dos R$ 2. A expectativa é de que o item estabilize valores até o fim do mês.

 

Veículo: Diário do Grande ABC


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