O grupo Carrefour informou que as perdas com ajustes contábeis no Brasil devem atingir 180 milhões de euros (R$ 462 milhões) neste ano, segundo o relatório de resultados internacionais divulgado ontem.
Apesar disso, a empresa reafirmou que o Brasil mantém-se na posição-chave para a estratégia de crescimento do grupo. "O Brasil é prioridade na expansão do Grupo juntamente com a China", enfatizou o presidente do Grupo Lars Olofsson.
Ainda de acordo com balanço, o grupo faturou 25,6 bilhões de euros no terceiro trimestre do ano, uma alta de 1,1% nas vendas de mesmas lojas apuradas no mesmo período de 2009.
No acumulado do ano, as vendas somam 74,5 bilhões euros, alta de 1% na comparação de mesmas lojas existentes em 2009. De janeiro a setembro de 2010, incluindo novas lojas e expansão orgânica, a alta na receita da varejista atinge 6,2%.
No Brasil, as vendas somaram 3,1 bilhões de euros no terceiro trimestre, alta de 5,2% na comparação de mesmas lojas. No ano, a receita somou 8,9 bilhões de euros, elevação de 5,5% sobre o ano anterior.
A bandeira Atacadão foi a que mais contribuiu para o desempenho da varejista francesa no país entre julho e setembro, segundo o Carrefour.
A rede francesa também decidiu fazer uma auditoria nas contas da companhia no País, por conta de descontos não recebidos pela empresa, em negociações comerciais com a indústria, e pela necessidade de realizar baixas de estoques.
Segundo informações do mercado, a varejista havia calculado, naquele momento, que as perdas chegariam a 80 milhões de euros no ano, mas o montante ainda estava em aberto.
Esse impacto com gastos extraordinários está sendo apurado pela auditoria que a KPMG realiza na empresa e termina no final do ano.
O ex-presidente do Carrefour no Brasil, o francês Jean Marc Pueyo, responsável pelo comando da empresa até o início dessa auditoria, foi substituído em agosto por outro executivo da rede, Luiz Fazzio.
Além de Pueyo, outros três executivos do grupo deixaram a empresa desde julho.
Veículo: DCI