A Docile, maior produtora nacional de pastilhas e segunda no ranking brasileiro de fabricação de balas de goma, vem perdendo negócios no mercado externo. Segundo o diretor da empresa, Ricardo Heineck, a situação é reflexo do real valorizado. "O mercado internacional, que sempre foi muito importante para os negócios da Docile, está perdendo peso no nosso faturamento", diz o executivo.
Segundo Heineck, as exportações da compnhia vão para paísesdo Mercosul, África, Emirados Árabes. "Mas não é possível manter as exportações com o real valorizado e, além do mais, sendo pressionado pelo preço do açúcar e das embalagens", diz o diretor.
Mas o problema da Docile não é isolado. Outras empresas do mercado estão sofrendo com o problema. "A situação está gerando uma grande oferta de balas e pastilhas no mercado, muito superior à demanda", explica o diretor da Docile.
A saída, acreditam os fabricantes, é criar um dia que promova o consumo dos confeitos. "Seria muito bom termos uma festa similar ao Haloowen", diz Heineck.
Segundo informações da Associação Brasileira das Indústrias de Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), no primeiro semestre de 2010 os segmentos que registraram os melhores resultados nas exportações foram o de chocolate, com crescimento de 9,1% nas vendas externas, e o de amendoim, que teve alta de 12%. Em 2009, o Brasil exportou US$ 293 milhões em chocolates, balas e gomas de mascar para 146 países, atingindo todos os continentes.
O Brasil é o quarto maior produtor de balas e confeitos do mundo, com 453 milhões de toneladas por ano. Os Estados Unidos vêm em primeiro, seguidos de China e Alemanha. Nos últimos cinco anos, a produção, entretanto, caiu 2%, o consumo no período também sofreu oscilação negativa de 0,5%. As exportações tiveram queda de 7%.
Veículo: DCI