Governo autoriza reajuste de 3,5% a 6% no preço dos medicamentos

Leia em 2min 10s

Porcentual varia de acordo com a categoria do remédio - quanto maior a participação de genéricos nas vendas do segmento, maior o aumento; medicamentos de alta concorrência, fitoterápicos e homeopáticos não estão sujeitos aos valores anunciados

 

Medicamentos com preços controlados pelo governo deverão sofrer um reajuste que varia de 3,54% a 6,01%, dependendo da categoria a que pertencem, a partir do dia 31. Será o maior porcentual de aumento desde 2006. Os valores foram calculados a partir de resolução publicada ontem pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) no Diário Oficial, com normas para o aumento.

 

Os novos preços terão de ser mantidos até março de 2012. As regras valem para cerca de 20 mil itens do mercado farmacêutico, como antibióticos e remédios de uso contínuo. Medicamentos de alta concorrência no mercado, fitoterápicos e homeopáticos não estão sujeitos aos valores determinados pela CMED - seus preços podem variar de acordo com a determinação do fabricante.

 

A resolução publicada ontem não define os porcentuais do reajuste. Assinada em 28 de fevereiro, ela apresenta o fator de produtividade, que é levado em consideração para fazer o cálculo, ao lado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Como o IPCA de fevereiro foi divulgado no dia 4, é possível saber a variação dos porcentuais. Os valores oficiais deverão ser publicados em uma nova resolução.

 

O cálculo de reajuste de remédios leva em conta uma série de fatores. O primeiro deles é o IPCA acumulado entre março de 2010 e fevereiro de 2011. Além disso, é observada a competitividade de determinado remédio no mercado, avaliada pelo nível de participação de genéricos nas vendas do segmento. Quanto maior a participação de genéricos nas vendas, maior o porcentual de reajuste. A composição do índice de reajuste observa também o ganho de produtividade. São fixadas três faixas de reajuste, que obedecem a esse critério. Neste ano, o aumento máximo ficará em 6,01%. O menor aumento será de 3,54%.

 

Processo. O reajuste de preços não é imediato. Para aplicar o aumento, empresas produtoras de medicamentos deverão apresentar à CMED um relatório informando os porcentuais que querem aplicar. O valor fixado pela CMED é o teto. As empresas podem, portanto, fixar preços menores.

 

Procurada, a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa não se manifestou sobre os valores de reajuste. As regras para aumento de remédios foram fixadas em 2003.

 

Veículo: O Estado de S.Paulo


Veja também

Mattel tem licença suspensa na Argentina

A Mattel, maior fabricante de brinquedos do mundo, teve suspensa sua licença de importação na Argen...

Veja mais
Castelo chega a 68,2 milhões de litros de vinagres produzidos

A Castelo Alimentos, sediada em Jundiaí, SP, anuncia que fecha 2010 com a produção recorde de 68,2 ...

Veja mais
Todo Dia tem formato próximo

O crescimento do Walmart no Brasil seguiu o modelo de uma colcha de retalhos: o grupo americano comprou redes de diferen...

Veja mais
Walmart começa a construir loja menor, modelo "Express"

O Walmart começará a construir na próxima semana sua primeira loja Express, formato com menos de 10...

Veja mais
Peças de brinquedos da China substituirão produtos prontos

A Estrela, maior fabricante nacional de brinquedos, planeja diminuir a participação dos importados entre o...

Veja mais
Produtos de fora predominam no setor de vestuário

Já existem setores industriais no país em que praticamente todo o aumento de consumo está sendo ate...

Veja mais
Arroz e feijão mais baratos afetam produtores

Quem cultiva os itens básicos do prato do brasileiro enfrenta queda de rentabilidade, enquanto observa a valoriza...

Veja mais
Ovos já são atração em supermercados

A expectativa de algumas lojas é que a venda de março gere um incremento de até 30% nas vendas &nb...

Veja mais
Uma empresa fora da caixa

A venda dos medicamentos sem marca vai atingir US$ 212 bilhões no mundo em 2014. Saiba por que a Bayer nada contr...

Veja mais