As sucessivas quedas nos preços do leite juntamente com os custos mais elevados aos produtores têm feito com que o aumento da oferta, típico do segundo semestre, ocorra de forma bem mais comedida. De acordo com o Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-L), o volume de leite recebido pelas empresas em setembro foi somente de 1,25% maior que o de agosto, fazendo com que o índice de setembro deste ano seja menor que o do mesmo mês do ano passado.
De agosto para setembro, o menor aumento ocorreu no Rio Grande do Sul, de apenas 0,77%, e o maior, de 2,01%, foi em Goiás, conforme as pesquisas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). No mesmo período de 2007, os gaúchos chegaram a apresentar aumento de quase 10%, e os goianos, de pouco mais de 8%. Desde julho a média ponderada nacional já perdeu 15 centavos por litro. Em outubro, o preço médio bruto foi de R$ 0,6096/litro - em junho, último mês antes de se começarem as quedas, a média era R$ 0,7633/litro.
Para este mês, no entanto, começa a figurar a perspectiva de mudança da tendência. Cerca de metade dos representantes de laticínios e cooperativas ouvidos pelo Cepea acredita em manutenção dos atuais valores para o pagamento de novembro. A outra metade continua sinalizando mais um mês de queda. É importante observar as expectativas regionalmente. No Sul, 77,4% dos compradores consultados prevêem estabilidade dos preços, enquanto para MG, SP e GO, esta estimativa é compartilhada por 32% dos compradores.
Veículo: DCI