Têxteis criticam quarentena na Argentina

Leia em 1min 40s

Indústria têxtil afirma que tem assumido prejuízos com prazos de até 180 dias para ingressar no mercado vizinho

Governo brasileiro diz que prazo para concessões ao Brasil é menor do que aquele imposto a outros países


Assim como a indústria calçadista, a indústria têxtil brasileira também está enfrentando problemas para ingressar no mercado argentino. O problema está no excessivo tempo para a concessão das licenças de importação, que chegam a demorar de 100 a 180 dias, no caso do setor têxtil. No caso de calçados, o prazo chega a 200
dias.


A adoção do sistema de licenças não automáticas para importações prevê prazo máximo de 60 dias para a liberação. "A Argentina tem usado o sistema para controlar a entrada de produtos. Mas, como os itens de moda são 'perecíveis', isso tem criado problema para a indústria", diz Alfredo Bonduki, presidente do Sinditêxtil.

A Argentina é o maior cliente do setor têxtil brasileiro. As vendas em 2010 alcançaram US$ 392 milhões. Mas, apesar dessa condição, o Brasil tem perdido participação no mercado interno platense, sobretudo para os chineses.

Em 2005, a indústria têxtil atendia 42% das importações argentinas. Em 2010, diz o Sinditêxtil, a fatia brasileira havia caído a 21%. A exigência de licença para importação de 230 dos 600 produtos têxteis não recai somente aos produtos brasileiros, mas a indústria nacional acha que, como parceiro comercial no âmbito do Mercosul, essa não é uma atitude correta com o Brasil. A indústria acha que o caso já deveria ter sido levado à OMC.

Não é a posição brasileira. Em nota, o Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) disse que mantém "contato permanente" com autoridades do governo argentino para solucionar "entraves ao fluxo comercial".
O ministério diz que o tempo para as concessões de licenças aos produtos brasileiros é menor do que o imposto a outros países. A Argentina é o 3º maior parceiro comercial do Brasil. De janeiro a agosto, o superavit comercial com os argentinos foi de US$ 3,7 bilhões.


Veículo: Folha de S.Paulo


Veja também

Superminas Food Show

A partir de 2012, os supermercados e padarias de Minas vão se unir para organizar um evento conjunto que dever&aa...

Veja mais
Brasil recebe maior lote de pera americana

Associação de produtores de peras dos Estados Unidos diz que importação da fruta para o pa&i...

Veja mais
Ricardo Eletro inaugura loja na Rocinha

Investimento na unidade ultrapassa R$ 1 milhão.  35 dos 45 funcionários são moradores da comun...

Veja mais
Supermercados usarão dispositivos em caixas para evitar venda de bebidas a menores de 18 anos

Lei que aumenta fiscalização foi sancionada na manhã desta quarta-feira pelo governador Geral Alcki...

Veja mais
Walmart teve de 'quebrar' sua operação no Brasil

A operação brasileira do Walmart teve de ser "quebrada" para depois poder ser "consertada". A avalia&ccedi...

Veja mais
Rhodia planeja exportar tecidos inteligentes para a Europa

A Rhodia está se estruturando para levar os tecidos inteligentes produzidos no Brasil para o exterior. Segundo af...

Veja mais
Fiorucci, de "patinho feio" a principal foco da Greenwood

O grupo Greenwood fabrica cosméticos para grandes empresas, como Hypermarcas, Lojas Renner e 3M. São 16 mi...

Veja mais
Assolan e Assim são separadas para venda

A Hypermarcas voltou a negociar a venda das operações de alimentos e de higiene e limpeza e os negó...

Veja mais
Kraft volta a investir na marca Royal

A centenária marca Royal, de fermento e sobremesas em pó, é uma incógnita na vida da Kraft B...

Veja mais