Safra de algodão pode bater recorde histórico

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O Brasil deve colher uma safra recorde de algodão em pluma em 2012, superando 2,1 milhões de toneladas, contra o 1,9 milhão registrado na safra 2010/2011. A única preocupação do setor é em relação ao clima. Caso a situação fique dentro da normalidade, o Estado do Mato Grosso também deve superar a sua melhor marca de produção, e alcançar 1,1 milhão de toneladas.

Segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), com um aumento de 5% na área, passando de 1,3 milhão de hectares na safra 2010/2011 para pouco mais de 1,5 milhão na safra atual, a expectativa é de produção recorde. "Apesar do crescimento pequeno em área, a produtividade por hectare tem sido muito boa nos últimos anos. Com isso, esperamos bater o recorde de produção, superando os 2,1 milhões de toneladas de pluma, contra os 1,9 da safra anterior", contou Sérgio De Marco, presidente da Abrapa.

O Mato Grosso deve ampliar de 6% a sua área, passando dos atuais 700 mil hectares para aproximadamente 750 mil ha. Apesar de uma ampliação moderada, a produção esperada no estado deve representar mais da metade da safra nacional. No ano passado o Mato Grosso colheu cerca de 930 mil toneladas.

O Estado do Mato Grosso deve produzir, em 2012, mais da metade do produto nacional, ou seja, 1,1 milhão de toneladas, ante as 930 mil de 2011 - São Paulo

Com a perspectiva de plantar 1,5 milhão de hectares de algodão na safra 2011/2012, o Brasil deve bater o recorde histórico da cultura, com uma colheita superior a 2,1 milhões de toneladas de algodão em pluma. Caso o clima colabore, o estado mato-grossense também deve superar a sua melhor marca de produção, e alcançar 1,1 milhão de toneladas.

Os cotonicultores brasileiros estão muito otimistas com a próxima safra, que deve começar a ser plantada em meados de dezembro. A primeira razão apontada é o preço do produto, que mesmo durante a época da colheita superava a marca de US$ 1 por libra peso.

Segundo a Associação Brasileira dos produtores de Algodão (Abrapa), com um incremento de área na casa dos 5%, passando de 1,3 milhão de hectares na safra 2010/2011, para pouco mais de 1,5 na safra que se inicia, a expectativa é de uma safra recorde. "Apesar de um crescimento pequeno em área, a produtividade por hectare tem sido muito boa nos últimos anos. Com isso esperamos bater o recorde de produção, superando os 2,1 milhões de toneladas de pluma, contra os 1,9 da safra anterior", contou Sérgio De Marco, presidente da entidade nacional.

Para a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que também aposta em uma área total de algodão de 1,5 milhão de hectares, a evolução do processo produtivo via adoção de tecnologias deverá, salvo condições climáticas, garantir ligeiros ganhos de produtividade, ou manter os mesmos níveis obtidos na safra anterior. "O clima pode ser o único vilão dessa próxima safra, principalmente no Mato Grosso. Até porque a produtividade média está muito boa", garantiu De Marco, da Abrapa.

Já a comercialização da safra 2011/2012 do produto já supera os 30%, que segundo De Marco, ainda está aquém dos volumes negociados nos anos anteriores. "Dessa safra o Brasil comercializou cerca de 30%, isso porque os preços estavam muito atrativos, o que representa 650 mil toneladas. Muitos produtores ainda seguem no aguardo de novas altas para vender mais."

No caso do principal estado produtor do País, o Mato Grosso deve ampliar 6% a sua área, passando dos atuais 700 mil hectares para aproximadamente 750 mil. "A Conab falou em 10% de crescimento na área de algodão do estado, mas o incremento será menor. Ligamos para mais de 90% dos produtores, que nos confirmaram isso", comentou o presidente da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), Carlos Ernesto Augustin.

Apesar de uma ampliação moderada, a produção esperada no estado deve representar mais da metade da safra nacional, ou seja, 1,1 milhão de toneladas de algodão em pluma. No ano passado o estado colheu cerca de 930 mil toneladas. Já a comercialização desta safra está em aproximadamente 40% da produção esperada, garantiu Augustin.

A preocupação dos cotonicultores do estado e das entidades do setor é em relação ao clima. "O Mato Grosso, que segue plantando a soja, ainda não teve um bom volume de chuva e isso já começa nos preocupar. Estamos há mais de 15 dias sem bons volumes de chuva, e isso é muito preocupante. Os produtores de soja precisam terminar o seu plantio na janela correta, para colherem no período correto, e dar espaço para o milho e o algodão que vêm depois", disse Sérgio De Marco, presidente da Abrapa. O próprio Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) emitiu em seu levantamento semanal um alerta em relação às observações no campo: as precipitações continuam irregulares e um temor quanto à possibilidade de estiagem tem deixado o segmento em alerta e preocupado devido aos impactos da falta de umidade no solo.

Entre os temores está o prejuízo em relação à produtividade, assim como atraso na colheita e a possível perda da janela ideal de cultivo do milho e do algodão, período que se encerra no final de fevereiro. "Agora a apreensão é em relação ao clima, que pode nos dar ou tirar-nos o recorde de produção", finalizou Augustin.

O algodão irrigado cultivado no oeste da Bahia é plantado em janeiro. Em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, a concentração do plantio ocorre em dezembro.


Veículo: DCI


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