CooperRita passa a beneficiar leite

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Com investimento de R$ 9 milhões, a cooperativa vai ampliar a produção do tipo longa vida.


A Cooperativa Regional Agropecuária de Santa Rita do Sapucaí (CooperRita), localizada no Sul de Minas, investiu cerca de R$ 9 milhões na construção de uma usina de beneficiamento para ampliar a produção de leite longa vida. O principal objetivo do aporte é agregar valor ao produto dentro do Estado e, com isso, ampliar a lucratividade. Em 2012, o faturamento deverá alcançar R$ 160 milhões. Nos últimos dois anos, a receita praticamente dobrou.

De acordo com o diretor-presidente da CooperRita, Luiz Fernando Ribeiro, o investimento foi estimulado pelos incentivos concedidos pelo governo de Minas, como, por exemplo, a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) e o financiamento do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG).

Antes da inauguração da unidade, que contou com a presença do governador do Estado, Antonio Anastasia, o leite in natura da cooperativa era beneficiado em São Paulo e retornava a Minas para ser comercializado. Com a usina própria, todo o processo produtivo será efetuado no Estado, reduzindo os custos de produção e aumentando a competitividade da cooperativa no mercado. A produção diária é de 10 mil litros.

Outra vantagem é que com a instalação do equipamento a CooperRita passará a beneficiar leite in natura de outras associações e cooperativas que não têm usina. Além disso, foi firmada parceria pela qual o leite da cooperativa será fornecido à DAnone em embalagens da própria empresa.

"O investimento na construção da usina foi possibilitado pelos incentivos do governo do Estado. Há dois anos assinamos um protocolo de investimentos com o governo, onde nos comprometemos a construir a unidade fabril e passar a agregar valor ao nosso produto no Estado. Nossas expectativas são positivas e acreditamos que ao agregarmos valor à produção poderemos atingir novos mercados e ampliar os ganhos com os lácteosõ, diz Ribeiro.

De acordo com a assessoria do governo, na solenidade de inauguração da usina de beneficiamento da CooperRita Anastasia falou sobre a importância de agregar valor aos produtos mineiros, o que é uma das metas do governo.

"Com a unidade, a cooperRita está realizando algo que é o sonho de nós mineiros e obsessão de meu governo: agregar valor ao que é produzido em Minas Gerais. Estão pegando o leite in natura e transformando em um produto de valor muito maior, que é o leite longa vida", disse o governador.

A nova usina, que exigiu investimento de R$ 9 milhões, captados com o auxílio do BDMG, tem capacidade para beneficiar 300 mil litros de leite por dia. Com a inauguração, a CooperRita cumpre protocolo de intenções assinado com o governo estadual, no qual se comprometia a industrializar pelo menos 50% do leite recolhido antes de comercializá-lo.

A princípio, a unidade funcionará com apenas um equipamento de beneficiamento do leite, mas a expectativa é atingir o volume máximo de produção até meados de 2012, quando a segunda máquina, com capacidade equivalente, entrará também em funcionamento.

"Nossa produção de leite é de 10 mil litros diários e, a princípio, vamos continuar produzindo este volume na nossa unidade. A expectativa é ampliar a cada mês, oferecendo o serviço terceirizado para outras cooperativas da região Sul do Estado", afirma Ribeiro.

Atualmente a CooperRita conta com cerca de mil associados distribuídos em 40 municípios do Sul de Minas, com captação diária de 140 mil litros. No local são produzidos queijos, manteiga, iogurtes, bebidas lácteas, requeijão, doce de leite e leite pasteurizado. Além do leite, a cooperativa produz também cerca de 200 mil sacas de café por safra. O objetivo é estruturar todo o sistema dos produtos lácteos para depois investir na expansão da produção de café. Toda a produção é destinada ao mercado de São Paulo e região Sul de Minas.

A ampliação dos ganhos com o setor de lácteos, segundo Ribeiro, depende do apoio do governo, principalmente no que se refere ao aumento das importações de leite da Argentina, Uruguai e Chile. "Limitar o volume de leite vindo destes países será essencial para a manutenção da atividade no Estado. Acreditamos que deverão ser estabelecidas cotas mensais para o Uruguai e Chile, assim como o acordado com a Argentina, diz.


Veículo: Diário do Comércio - MG


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