O Magazine Luiza expande o projeto de venda on-line via redes sociais (Facebook e Orkut) e prepara-se para proteger a iniciativa de varejistas concorrentes. A rede está analisando caminhos e "recursos cabíveis de proteção intelectual", disse Frederico Trajano, diretor de marketing e vendas da empresa.
"Nossa ideia é tentar achar formas jurídicas para patentear esse projeto, protegendo a criação, por exemplo, do design e o layout das páginas. Mas não temos certeza ainda de como fazer isso e contratamos advogados para avaliar caminhos", disse ele.
A varejista informou ontem que decidiu abrir, para o público geral, a possibilidade de criar lojas on-line em redes sociais. Em agosto de 2011, a empresa iniciou um projeto piloto de criação de lojas virtuais dentro das páginas de perfis de usuários de Facebook e Orkut. Participavam apenas usuários que eram funcionários da empresa e queriam usar suas páginas nos sites para se tornar divulgadores.
A companhia esperava abrir esse projeto ao mercado em março, mas o plano foi antecipado e desde a manhã de ontem, consumidores podem inscrever-se e criar lojas do Magazine Luiza em seu perfil. O projeto é válido para usuários de redes sociais no Brasil.
O consumidor que se transforma em vendedor receberá comissão de 2,5% a 4,5% a cada produto vendido. A taxa varia de acordo com a mercadoria. Os móveis têm comissão mais alta. As lojas virtuais podem ter até 60 itens
Na primeira fase do projeto, que contava com funcionários como vendedores, foram criadas mil lojas em redes sociais. A meta é chegar em 10 mil até dezembro. "Nesse novo canal de venda, a taxa de conversão das visitas ao site em vendas é 50% maior do que a taxa no site da rede", disse Trajano.
Outras redes varejistas, como Nova Pontocom (que reúne Ponto Frio e Casas Bahia na internet) e Máquina de Vendas, já estão analisando a possibilidade de ter lojas em redes sociais.
Veículo: Valor Econômico