A produção de alumínio primário no Estado aumentou 2,85% em fevereiro deste ano na comparação com o mesmo mês de 2011. No total, as duas usinas siderúrgicas instaladas em Minas Gerais fabricaram 10,8 mil toneladas, ante 10,5 mil toneladas no exercício passado. A produção no país cresceu 6% no mês passado, atingindo 116,8 mil toneladas, contra 109,7 mil toneladas no mesmo período do ano anterior.
Já quando se considerada o acumulado do primeiro bimestre de 2012, a produção em Minas Gerais manteve-se estável na comparação com o mesmo período do ano passado. O total produzido em janeiro e fevereiro dos dois exercícios nas unidades mineiras chegou a 22,2 mil toneladas. No país, a produção acumulada aumentou 2,1% na mesma base de comparação, passando de 234,2 mil toneladas em 2011 para 239,1 mil toneladas em 2012.
Na avaliação do vice-presidente e coordenador da Comissão de Economia e Estatística da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), Mauro Moreno, as oscilações registradas no Estado e no país estão dentro da normalidade e apenas refletem o nível de operação dos fornos das empresas produtoras de alumínio primário no país.
"Não tivemos aumento da capacidade instalada das fábricas, mas também não houve nenhum desligamento até o momento. O que não significa, porém, que isso não possa acontecer, já que o custo da produção tem se mantido alto e muitas empresas já vêm trabalhando no vermelho há algum tempo", diz o vice-presidente da entidade.
Em relação à cotação do insumo no mercado, que no momento está em US$ 2.209 a tonelada, Moreno destaca que ela vem se mantendo estável e não apresenta perspectiva de aumento nos próximos meses. Entretanto, ele lembra que o preço está bom para os consumidores e não muito favorável para os produtores. "Com o preço estabilizado, a valorização do real e os custos crescentes, a margem de lucro das companhias está sumindo e elas estão parando de investir", alerta.
Otimismo - Ainda assim, as expectativas do setor são positivas. Conforme o vice-presidente da entidade, o segmento aposta na continuidade do crescimento da demanda por alumínio por pelo menos dez anos. "Nos últimos exercícios, o consumo, tanto no mercado interno quanto no externo, tem aumentado muito", destaca. Os principais segmentos demandantes do insumo são embalagens, transportes, construção civil e bens de consumo.
No que se refere à produção da matéria-prima separada por unidades produtoras de Minas Gerais, a planta da Alcoa em Poços de Caldas (Sul do Estado) apresentou o melhor desempenho em fevereiro, com produção de 7,2 mil toneladas de alumínio, contra 6,8 mil toneladas no mesmo mês de 2011. Isso equivale a uma alta de 5,9% no período. Já no acumulado do bimestre, a planta apresentou incremento de 3,5% em relação aos primeiros dois meses do ano passado.
No caso da Novelis, em Ouro Preto (região Central), a produção no segundo mês deste ano apresentou recuo de 2,7%, já que 3,6 mil toneladas de alumínio foram produzidas, contra as 3,7 mil toneladas registradas em igual período de 2011. Na comparação entre os bimestres, a queda foi ainda maior e chegou a 6,3%.
Conforme dados da Abal, a produção brasileira em 2011 atingiu 1,44 milhão de toneladas, o que representou um recuo de 6,2% em relação à fabricação registrada no exercício anterior, quando foram contabilizadas 1,536 milhão de toneladas de alumínio primário.
Veículo: Diário do Comércio - MG