A Danone se aproxima de encerrar 2012 com faturamento de R$ 2 bilhões, meta estabelecida há quase quatro anos. A JBS havia anunciado abertura de capital da Vigor e investiu R$ 1,5 milhão para repaginar a empresa há pouco mais de um mês. Agora, a Brasil Foods (BRF) está gastando o dobro, R$ 3 milhões, para tirar a poeira da octogená- ria Batavo.
Trata-se da primeira grande mudança da marca de lácteos desde a fusão que originou a BRF, que completa três anos no próximo dia 19. Se o contexto nacional do setor parece agitado — com as líderes Nestlé e Danone brigando pelo primeiro lugar —, a Batavo, terceira colocada, com 11% de market share estimado, assume que o objetivo atual é chegar ao topo do pódio.
O mercado global de lácteos gira US$ 380 bilhões. No Brasil, em 2011, subiu 11%. “E o índice de crescimento da Batavo está alinhado com o do setor”, afirma Fabio Medeiros, vice-presidente da unidade de lácteos da BRF, da qual também faz parte a marca de leite Elegê. Reposicionamento verde A mudança no discurso da Batavo é acompanhada de alterções nos produtos. Há três novas linhas de iogurtes adoçadas apenas com frutose.
Os itens da série “Pedaços” prometem conter dez vezes mais partes de frutas que a concorrência e todas as embalagens foram recriadas. O trabalho de reposicionamento começou em outubro de 2010, segundo a gerente de marca e inovação Roberta Morelli. Uma novidade é o Leite Ideal, semidesnatado com 1,5% de gordura na composição, meio ponto percentual a mais que o normal.
O objetivo é torná-lo mais saboroso e conquistar o gosto do brasileiro. No país, 90% da população consome leite integral. Nos EUA, o semidesnatado detém 60% do mercado. Medeiros diz que o primeiro trimestre foi “difícil” para o oslácteos no Brasil, sobretudo no varejo. “Mas não há nenhum desafio em vista capaz de impedir o crescimento de 10% do setor no país”.
Veículo: Brasil Econômico