Consumo de bem não-durável sobe 2%

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A quebra do banco de investimentos Lehman Brothers, em meados de setembro, não alterou os hábitos de consumo do brasileiro. Estudo do instituto de pesquisas LatinPanel mostra que no terceiro trimestre o brasileiro comprou 2% mais alimentos, bebidas, produtos de higiene pessoal e artigos de limpeza, em comparação com o mesmo período de 2007.

 

Essa leve expansão de consumo foi puxada principalmente pelas classes A e B, que ampliaram em 5% seu volume de compras. Enquanto isso, a quantidade de produtos adquiridos pelas classes D e E cresceu 2%, ao passo que a classe C repetiu o consumo do terceiro trimestre do ano passado.

 

Na opinião de Patrícia Berti Menezes, gerente de marketing e comunicação da LatinPanel, o fato de a classe C ter ficado na contramão não chega a surpreender. "Esse consumidor está buscando equilibrar seu orçamento, afinal ele elevou seu padrão de vida via aquisição de bens duráveis como automóveis e eletroeletrônicos, compra da casa própria e maiores gastos com lazer", afirma. Segundo ela, agora esse consumidor, que foi bastante beneficiado pela estabilidade de preços e pela queda dos níveis de desemprego a partir do ano passado, reduz alguns gastos para saldar dívidas.

 

O estudo da LatinPanel, que acompanha a evolução de mais de 70 categorias de produtos junto a 8,2 mil domicílios, indica ainda que o preço médio da cesta de produtos monitorada subiu 8% entre os terceiros trimestres de 2007 e o de 2008. Aqui, o impacto foi mais sentido pelas classes de renda mais baixas, que conviveram com remarcações de 6%.

 

No acumulado do ano até setembro, o volume de compras do brasileiro ficou estável em relação a idêntico período de 2007. Também há estabilidade em termos de mercadorias colocadas no carrinho. A LatinPanel detectou que o brasileiro segue consumindo as mesmas 35 categorias de produtos de janeiro a setembro do ano passado.

 

O estudo apurou ainda que alguns segmentos se saíram melhor do que outros. Entre as categorias que registraram maior alta de volume entre janeiro e setembro estão azeite (+22%), fralda descartável (+18%) e leite aromatizado (+14%). Na outra ponta, houve queda em leite pasteurizado (-27%), polpa e purê de tomate (-14%), bolo industrializado (-13%), farinha de trigo (-12%) e suco concentrado (-10%).

 

Veículo: Gazeta Mercantil


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