A briga será forte entre as redes de comércio eletrônico (e-commerce) neste período que antecede as vendas de Natal, quando faturam até três vezes mais. Empresas como o Grupo Pão de Açúcar, Wal-Mart, Fnac e NetShoes estão otimistas em relação ao melhor período do ano para o comércio e esperam um maior número de vendas e acessos, tanto que se prepararam com antecedência ao fazer reforços de infra-estrutura e logística para realizar as entregas e suportar a demanda, que projetam ser forte.
O Grupo Pão de Açúcar, que tem o portal Extra.com -um dos líderes do segmento ainda dominado pela B2W, que detém as marcas Americanas.com e Submarino.com-, afirma ter feito um "plano Natal", com a intenção de preparar seu braço no e-commerce para a data - vista como uma ótima oportunidade de alavancar vendas do site. "Nossa expectativa é de dobrar o volume de vendas no comércio eletrônico em relação ao ano passado. Apesar do cenário mundial, não fomos afetados ainda nessa área, e a nossa infra-estrutura segue com essa mesma meta", diz Oderi Gerin Leite, diretor de Comércio Eletrônico do Grupo.
Mês passado, a rede também ampliou a capacidade de seu centro de distribuição (CD) em 30%, para conseguir armazenar um maior volume de mercadorias, que começam a chegar em novembro. Segundo o executivo, as metas são repassadas com antecedência aos parceiros de logística - já em agosto. Para o diretor, a logística é um dos pilares mais importantes do e-commerce, pois ele considera a entrega um apelo competitivo. Por isso, o grupo passou a fazê-las no mesmo dia na Grande São Paulo quando os pedidos são feitos até as 15h, o que já foi copiado por alguns de seus concorrentes.
O diretor disse ainda que espera uma grande procura por produtos de eletrônica e informática, como notebooks, câmaras digitais e celulares, os segmentos já representam cerca de 60% do total dos produtos vendidos pela Internet. O e-commerce ainda ganha destaque e dobrou sua participação dentro do faturamento total do grupo nos últimos dois anos. Este ano, em que o consumidor está mais acostumado às compras eletrônicas, o "e-commerce está dentro das diretrizes estratégicas do grupo, estamos mais que dobrando e pretendemos continuar neste ritmo", diz.
Outro líder supermercadista, o Wal-Mart, que entrou recentemente no comércio eletrônico, também garante ter sua loja virtual preparada para as vendas de fim de ano, sendo parte do estoque comprado no início do ano, mesmo os produtos importados - adquiridos a um câmbio mais baixo, o que poderá fazer com que o lucro da rede seja quase o dobro. "Não haverá problema, pois estamos abastecidos com a maioria dos produtos, adquirida antes da alta do dólar", afirmou Flávio Dias, diretor do Wal-Mart.com.br, que já teve resultados acima das expectativas. "A taxa de conversão de vendas está muito boa e a interação dos clientes com as ferramentas disponibilizadas também", disse.
Veículo: DCI