Cultivo de cenoura diminui em Minas

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Emater estima redução entre 5% e 10% na área plantada no Estado neste ano.

 
 
O custo elevado impacta o plantio de cenoura 
Sondagens apontam uma queda na área plantada de cenoura em Minas Gerais neste ano em função da alta nos custos com insumos e mão-de-obra, que impactam nos valores finais do produto. Por causa disso, a estimativa é que a redução gire entre 5% e 10% no Estado, segundo informou o coordenador estadual de Olericultura da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG), Georgeton Soares Silveira.

 

No último exercício foram produzidas cerca de 176,6 mil toneladas no Estado, em uma área de 5,1 mil hectares. A produtividade média da cenoura em Minas Gerais é de 34 toneladas por hectare e os principais municípios produtores são São Gotardo (Alto Paranaíba) e Carandaí (região Central). "Além dos custos normais, uma grande parte da área é irrigada por pivô central, que demanda por mais gastos com energia", salientou.

 

Para reforçar o cenário, com a falta de crédito no mercado, muitos produtores estão com poder aquisitivo reduzido, agindo com cautela na produção para a próxima safra, apontou Silveira. O plantio da cenoura ocorre durante todo o ano, mas é concentrado entre fevereiro e março.

 

A colheita, por sua vez, ocorre entre junho e outubro. "Estimativas apontam que o período de safra responde por cerca de 70% do total da cenoura produzida no Estado", afirmou o coordenador.

 

O produto mineiro abastece os mercados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Goiânia, mas Silveira acredita que a maior parte da produção do Estado seja dividida entre Minas e São Paulo. "O maior problema da cenoura, como qualquer outra hortaliça, é que demanda por mão-de-obra mais especializada. A raiz é retirada com máquinas e depois entra o trabalho manual", explicou.

 

Mesmo demandando por nutrição mineral, a cultura não é das mais exigentes, considerou Silveira. "Hoje o produtor tem que utilizar cultivares que apresentem desenvolvimento o mais próximo do demandado pelo mercado, que no caso da cenoura é o produto com tamanho médio entre 20 centímetros e 22 centímetros", destacou.

 

Queda de preços - De acordo com o chefe da Seção de Informações de Mercado da Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa Minas), Ricardo Fernandes Martins, o preço médio do quilo da cenoura na primeira quinzena de novembro ficou em torno de R$ 0,46, registrando queda de 25,8% em comparação com a primeira quinzena do mês anterior, quando o quilo estava sendo comercializado a R$ 0,62.

 

Segundo Martins, neste período de queda de preços, a oferta melhorou em torno de 7%, o que contribuiu para a redução nos preços. Entre os meses de agosto e setembro o produto registrou os maiores preços de comercialização no entreposto, que foram de R$ 1,07 e R$ 0,98 respectivamente. "A estabilidade dos preços ocorreu em função da oferta do período", explicou Martins.

 

Veículo: Diário do Comércio - MG


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