Produtores se organizam para obter certificação

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Para obter o certificado, os pequenos produtores precisam estar vinculados a uma Organização de Controle Social (OCS), no caso do estado a Pará Orgânico. Há 30 agricultores associados, todos monitorados pelos órgãos fiscalizadores do governo. O certificado comprova ao consumidor que aquele produto é orgânico, mas com ele não é permitido ao produtor fornecer para supermercados ou lojas, por exemplo.

Quem pretende aproveitar o boom do alimento saudável comercialmente, por aqui, precisa recorrer a fornecedores de fora. “Sentia essa necessidade como consumidora, ainda são poucos os espaços dedicados a esse tipo de alimentação na nossa cidade. Agora, como empreendedora, o desafio é encontrar fornecedores”, conta Ivanna Carneiro, que inaugura, nos próximos meses, no centro de Belém, uma loja de alimentos naturalmente saudáveis. “Esse é um mercado com grande potencial e a nossa intenção é oferecer não só produtos, mas um serviço orientando sobre hábitos saudáveis de alimentação, com receitas mesmo”, revela.

Para a Secretaria de Agricultura, a expansão desse mercado é uma tendência. “Foi por isso que surgiram as feiras de produtos orgânicos. Nossa intenção é firmar um mercado consumidor para essa produção e então ampliá-la”, explica Dulcimar. Quando se iniciaram, as feiras ocorriam uma vez por mês, depois passaram a ser quinzenais e, atualmente, ocorrem uma vez por semana. De acordo com a Sagri, o momento agora é de investir no produtor. “Estamos trabalhando nessa transformação do produtor, por isso temos promovido cursos e capacitações”. Para os agricultores, no entanto, ainda falta apoio. “Infelizmente as dificuldades são muito grandes. Faltam subsídios e assistência técnica”, reclama Ana.

O sacrifício, no entanto, tem valido a pena. “Lembro de quando levava 10 maços de alface para a feira e voltava com quatro, três. Hoje levo de 30 a 40 e não retorno com nenhum”, festeja a agricultora, que já faz planos de comprar uma geladeira e trocar o poço aberto por um artesiano. “No momento essa é a nossa prioridade, porque o poço aberto seca no verão e prejudica a produção. Agora que temos uma clientela, precisamos manter a regularidade”, diz Ana. Além da feira, hoje, ela entrega cerca de seis sextas de produtos orgânicos por semana.



Veículo: O Liberal - PA


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