Depois de voltar da Globalshop, a maior feira mundial de marketing no ponto-de-venda, Chan Wook Min, presidente do Popai Brasil, está convicto que o momento é de discrição e eficiência. "Nas feiras anteriores tudo apontava para a premiunização dos materiais. Desta vez senti que o luxo que predominava se tornou quase ofensivo." Com isso saem o excesso de iluminação, de metais, de acrílico dos displays, por exemplo, e entram materiais recicláveis e menos exuberantes.

 

"Todo o movimento é para aproveitar melhor o espaço, dando soluções criativas na própria gôndola." Min avalia que no Brasil o cenário será o mesmo. "A indústria agora precisa ganhar volume, o que significa estar em mais pontos-de-venda. Isso determina o uso de materias mais acessíveis para cobrir mais lojas." Ao mesmo tempo, diz ele, chegou a hora de o distribuidor ter um papel estratégico. "Nas praças onde a indústria não negocia direto com o varejo vai depender do distribuidor e ele é que terá de cuidar do marketing no pdv. Ele deixa de ser um entregador de mercadoria e participa ativamente do processo." As tendências captadas na Globalshop - que foi organizada em março em Las Vegas - e seus desdobramentos para o Brasil serão apresentadas amanhã, na sede da Apas, em São Paulo.

 

Veículo: Valor Econômico